Temporada de Cruzeiros injetou R$ 2,24 bi na economia brasileira
Em um recente Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos do Brasil da última temporada 2019/2020, realizado pela Associação de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com dados inéditos do setor, mostrou que para cada R$ 1 investido nos cruzeiros, movimentou R$ 4,63 na economia nacional.
Os dados se referem à última temporada, que foi de novembro de 2019 a março de 2020 e que foi responsável por um impacto econômico de R$ 2,24 bilhões na economia do país, ou seja, 7,6% maior em comparação ao período 2018/2019. Além disso, o setor gerou R$ 296 milhões em tributos no período.
O mercado de viagens é uma das atividades mais afetadas pela crise econômica resultante das medidas de contenção da Covid-19. No caso do segmento de cruzeiros no Brasil, mesmo com o início das medidas de isolamento social e paralisação de diversas atividades no mês de março de 2020, o setor gerou impactos significativos, o que mostra sua importância para a movimentação econômica do país.
Segundo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o setor foi um dos mais afetados em todo o mundo e o Ministério do Turismo tem trabalhado incansavelmente para garantir a retomada de todos os segmentos da maneira mais segura para todos.
“Os excelentes números registrados na última temporada de cruzeiros, mesmo em um cenário adverso, reafirmam o potencial do turismo para promover o desenvolvimento econômico e social em nosso país”, avaliou.
Os setores mais beneficiados com os gastos dos turistas e tripulantes foram: o comércio varejista, com compras e presentes, de R$ 335,2 milhões; seguido por alimentos e bebidas, com gastos de R$ 333,4 milhões; transporte antes e após a viagem, no montante de R$ 177,8 milhões; passeios turísticos, com R$ 146 milhões; transporte nas cidades visitadas, R$ 71,3 milhões e hospedagem antes ou após a viagem de cruzeiro, no valor de R$ 46,4 milhões.
Pela terceira temporada consecutiva, houve aumento do número de viajantes em comparação a 2018/2019, totalizando aproximadamente 470 mil cruzeiristas à bordo de oito navios, que passaram por 15 destinos nacionais, entre eles: Santos; Rio de Janeiro; Búzios; Salvador; Ilha Grande; Ilhabela; Ilhéus; Recife; Maceió; Angra dos Reis; Porto Belo; Cabo Frio; Ubatuba; Itajaí e Balneário Camboriú. E por outros dois na América do Sul, que são: Buenos Aires na Argentina e Montevidéu e Punta del Este, no Uruguai.
O levantamento ainda mostra que o gasto médio por pessoa com a compra da viagem de cruzeiro foi de R$ 3.256 e o tempo médio da viagem foi de 5 dias. Além disso, o estudo indica que o impacto econômico médio gerado por cada cruzeirista nas cidades de escala foi de R$ 557,32.
“Mesmo com a pandemia, que abreviou a temporada em um mês, tivemos números positivos. Para a CLIA e para o setor de cruzeiros, o compliance, o meio ambiente e as pessoas estão sempre em primeiro lugar, por isso, estamos trabalhando com as autoridades para que a temporada 2020/2021 aconteça com novos protocolos que vão garantir o máximo de saúde, segurança e bem-estar dos cruzeiristas. Esperamos em breve rever nossos hóspedes, criar experiências memoráveis e visitar os destinos, contribuindo para um impacto econômico positivo nos locais por onde as embarcações passam, voltando a geral renda e postos de trabalho” destacou o presidente da CLIA Brasil, Marco Ferraz.