Sobem as vendas no comércio e índice bate recorde desde 2000
As vendas no comércio cresceram em agosto e atingiram o melhor resultado para o mês desde 2000, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O volume de vendas ficou em 3,4% frente a julho e em 6,1% em comparação a agosto do ano passado. Esta foi a quarta alta consecutiva do indicador em 2020. As vendas apresentam alta de 0,5% nos últimos 12 meses.
Em agosto, esse mesmo volume de vendas no varejo, continuou registrando trajetória positiva, movimento que foi iniciado em maio de 2020, após recordes de queda em março e abril.
Segundo o gerente da PMC, Cristiano Santos, o setor registrou o pior resultado em abril. “O varejo em abril teve o pior momento, com o indicador se situando 18,7% abaixo do nível de fevereiro, no período pré-pandemia. Esses números foram sendo rebatidos nos meses seguintes, até que em agosto o setor ficou 8,9% acima de fevereiro”, afirma.
Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram alta na passagem de julho para agosto, entre elas tecidos, vestuário e calçados, com 30,5%. Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com alta de 10,4%, móveis e eletrodomésticos, com 4,6%, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com aumento de 1,5% e combustíveis e lubrificantes, com 1,3%.
Para Santos, o aumento da renda por causa do auxílio emergencial e a alta dos preços também influenciam o resultado do varejo nacional.
“Os produtos de supermercados têm uma elasticidade alta, um arroz mais caro é substituído por outro mais barato, mas o consumidor continua comprando. Os supermercados continuam próximos da margem, mesmo em queda, não sentem tanta diferença quanto em outras atividades”, destaca Santos.
O gerente da pesquisa diz que o crescimento nas vendas de imóveis e eletrodomésticos pode ser consequência da renda extra do auxílio emergencial, utilizada pelas famílias para reposição de produtos antigos.