Setor de serviços avança 1,2% e volta a superar nível pré-pandemia
O volume de serviços cresceu 1,2% na passagem de abril para maio e superou, pela segunda vez este ano, o nível em que se encontrava antes da pandemia de Covid-19, em 0,2%, o que vem refletindo positivamente agora em julho.
Com dois meses seguidos de resultados positivos, o setor acumulou alta de 2,5%, ainda insuficiente para recuperar as perdas de março (-3,4%), mas dá sinais de aquecimento na maior parte dos seus segmentos de atividades.
Mesmo assim, ainda se encontra 11,3% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. No ano, o setor acumula alta de 7,3% e nos últimos 12 meses registra -2,2%.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada no último dia 13 de julho pelo IBGE. Em fevereiro deste ano, os serviços chegaram a alcançar um patamar 1,2% acima do verificado em fevereiro de 2020, mês que antecedeu a implementação das primeiras medidas de isolamento social.
“O setor vinha mostrando boa recuperação, mas, em março, com um novo agravamento do número de casos de Covid-19, governadores e prefeitos de diversos locais do país voltaram a adotar medidas mais restritivas, afetando o funcionamento das empresas de serviços. Em abril e maio essas medidas começam a ser relaxadas e o setor volta a crescer”, analisa o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Das cinco atividades investigadas pela PMS, três tiveram crescimento em maio. Um dos destaques foi o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com 3,7%, que têm o segundo maior peso no índice geral, o que dá 32,8 pontos percentuais.
Outro destaque foram os serviços prestados às famílias (17,9%), que tiveram a maior alta dentre todas as atividades, embora tenham menor peso (5,6%) no índice.