Serviços saltam 1,7% em junho e atingem maior nível em 5 anos
O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,7% na passagem de maio para junho e fechou o primeiro semestre de 2021 no patamar mais elevado desde maio de 2016, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a terceira alta mensal consecutiva registrada pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o setor de serviços agora figura 2,4% acima do patamar pré-pandemia, nível que foi superado pela segunda vez em maio. Entre abril e junho, o ganho do segmento foi de 4,4%.
Em relação a junho de 2020, o volume de serviços avançou 21,1% e registrou a quarta taxa positiva consecutiva nessa base de comparação. No acumulado do ano, o setor cresceu 9,5% frente a igual período do ano anterior.
De acordo com o analista responsável pela pesquisa, Rodrigo Lobo, a retomada do setor se deve, principalmente, a um conjunto de serviços que se beneficiou da própria pandemia ou não foi tão afetado por ela.
“São setores mais dinâmicos, mais focados em inovação, em capital do que em mão de obra, que conseguiram se reposicionar aproveitando as oportunidades geradas pela pandemia, dado o efeito que ela teve na atividade econômica”, explica Lobo.
O desempenho positivo do setor de serviços em junho foi guiado por todas as cinco atividades que fazem parte do segmento, com destaque para os serviços de informação e comunicação (2,5%), que alcançou o nível mais alta da série histórica.
Também apresentaram crescimento significativos os grupos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%) e serviços prestados às famílias (8,1%). Com menores impactos no resultado geral aparecem os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%) e os outros serviços (2,3%).
No mês, 23 das 27 unidades da federação tiveram crescimento no volume de serviços em junho. Entre os locais com taxas positivas, os maiores impactos foram registrados no Rio de Janeiro (5,4%), em São Paulo (0,5%) e Minas Gerais (2,4%).
Por outro lado, Mato Grosso (-5%), Bahia (-0,8%) e Tocantins (-1,8%) registraram as únicas retrações no período.