Raíla Maciel apresenta seu primeiro livro na Bienal do Livro Rio 2025
A escritora e jornalista Raíla Maciel, associada à Academia Macaense de Letras, participou no último sábado, dia 14 de junho, da Bienal do Livro Rio 2025, um dos maiores eventos literários do país, realizado no Riocentro, na capital fluminense.
Em sua estreia na Bienal como autora, Raíla apresentou seu livro “Eu Nunca Falei Sobre Isso” no estande da curadoria Escreva, Garota!, projeto que reúne autoras independentes e iniciativas literárias femininas, voltado à promoção da escrita por mulheres.
O evento marcou um momento significativo na trajetória da escritora, que passou a ocupar um espaço de visibilidade no cenário literário nacional, representando com orgulho a cidade de Macaé.
“Publicar um livro é a realização de um grande sonho. Ter a oportunidade de apresentar essa obra em um evento tão grandioso e importante para a literatura brasileira foi, sem dúvidas, um marco na minha caminhada. Sinto-me honrada por representar Macaé e por ampliar, com minha escrita, as reflexões sobre temas que também atravessam a minha vida”, afirma Raíla.
“Eu Nunca Falei Sobre Isso” é uma autobiografia poética que retrata o processo de autodescoberta da autora enquanto mulher negra aos 30 anos. Com uma linguagem que mescla poesia e prosa, Raíla revisita memórias da infância, experiências de racismo e vivências de superação, compondo uma obra marcada pela subjetividade, sensibilidade e resistência.
O livro foi publicado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do projeto Escrevivente: a escrita criativa da mulher negra, aprovado pela Secretaria Municipal de Cultura de Macaé. Inspirada por autoras da literatura decolonial como Conceição Evaristo, Audre Lorde, bell hooks, Carolina Maria de Jesus e Neusa Santos Souza, Raíla busca incentivar que mais mulheres negras assumam suas narrativas e contem suas próprias histórias.
Raíla Maciel é jornalista, escritora e atualmente a autora mais jovem a integrar a Academia Macaense de Letras. Sua produção literária parte da convicção de que a escrita é um instrumento de memória, cura e transformação social.