‘Prévia’ do PIB do BC tem alta de 9,47% no terceiro trimestre
A atividade econômica brasileira vem registrando sinais de recuperação pelo quinto mês consecutivo, após forte retração em março e abril, sob impacto da pandemia da covid-19.
O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), considerado como uma “prévia” do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 9,47% no terceiro trimestre de 2020 na comparação com o trimestre de abril a junho, na série já livre de influências sazonais, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.
O indicador, porém, apresenta recuo de 3% em relação ao terceiro trimestre de 2019. Os dados fazem parte do Boletim Regional divulgado pelo Banco Central (BC), nesta sexta-feira (13).
De agosto para setembro, o índice sumiu 1,29%, passando de 134,61 para 136,34 pontos na série dessazonalizada, no maior patamar desde fevereiro, com 139,80 pontos.
A alta do IBC-Br no mês ficou dentro do intervalo das projeções dos analistas do mercado financeiro, que esperavam resultado entre 0,60% a 2,10%, superando a média das expectativas, de 1,0%.
Na comparação entre os meses de setembro de 2020 e de 2019, houve baixa de 0,77% na série sem ajustes sazonais.
Conhecido como uma “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostram proximidade com os dados oficiais do PIB. O cálculo dos dois é um pouco diferente, ou seja, o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros no país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica.