Prestadores de serviços de Volta Redonda comentam dos desafios da volta ao trabalho

Durante o período de quarentena devido a pandemia do novo coronavírus, a economia enfrenta uma das maiores crises dos últimos anos. Muitos setores tiveram impactos negativos ainda mais fortes por não terem como oferecer um serviço mais especializado, como as vendas online.

O setor de serviços que na maioria era presencial, precisou de um atendimento mais individualizado, para oferecer ao cliente, mais comodidade e segurança.

Com os índices de contaminação reduzindo e a flexibilidade das medidas restritivas, a expectativa é de melhora do setor de serviços já para este segundo semestre do ano.

Os profissionais que já trabalhavam de forma autônoma e mantinham um contato mais online com os clientes, ainda conseguiram manter um atendimento, mas foi preciso uma adaptação e uma adequação ao que se chama de novo normal e se reorganizaram.

Com esse novo sistema de atendimento, as consultorias virtuais ganharam mais força e a forma de se relacionar com a clientela foi renovada.

De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda (CDL-VR), o momento também foi de se atualizar, estudar por meio de capacitações e não só de manter contatos, como também de aumentar a rede de relacionamento profissional.

Foi justamente o que fez a empreendedora, Gilvânia Vilas Bôas, que trabalha como personal organizer. “Os primeiros 15 dias dessa loucura toda da pandemia, foram bem difíceis. Fiquei com um receio muito grande, mas depois corri atrás de cursos na área e comecei a fortalecer o contato virtual com os clientes, que por estarem mais em casa, viram a necessidade de organização. Me reorganizei para montar consultoria online e investi também em marketing”, disse.

A profissional auxilia as pessoas que desejam organizar as suas casas com mais funcionalidade, o que foi uma necessidade sentida por muitas pessoas durante a pandemia, principalmente, segundo ela, pelo processo maior de higienização contra o novo coronavírus.

“Então, a partir de junho as coisas foram voltando a funcionar, primeiro virtualmente, com as consultas online e agora no último mês, com a flexibilização, foi possível ir presencialmente em algumas residências. O contato é extremamente cuidadoso, para nos protegermos, utilizando máscara, luva, avental e escudo facial, sempre higienizando o ambiente”, completou.

Já no setor corporativo, as empresas que prestam serviço também passaram a oferecer o atendimento virtual, por aplicativos de mensagens, videoconferência, entre outras ferramentas, mas afirmam que ainda é grande o desafio de se trabalhar no chamado novo normal, mesmo com a flexibilização para atendimento presencial, seguindo todas as medidas preventivas.

Para os sócios da Permiza Marcas e Patentes, Paulo Ricardo Pereira e Raíza Mizael, a falta da proximidade com o cliente e a queda na procura pelos serviços, estão sendo os maiores desafios.

“Normalmente nós atendemos o cliente em sua empresa, para uma maior comodidade, mas com a pandemia, isso não é possível na maioria das vezes. Estamos tomando todos os cuidados estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, disse Paulo Ricardo. Já Raíza salientou que é sentida uma queda na procura pelos serviços muito acentuada. “A maioria das pessoas ainda estão procurando se estabilizarem financeiramente. Mas já estamos sentindo um retorno da economia que começa a se movimentar. Tivemos a atitude de facilitar ao máximo as formas de pagamento para os clientes, deixando mais flexível a negociação. Não está sendo uma tarefa muito fácil, mas consideramos que esse é o momento de ajudar os empresários da região”, finalizou.