Presidente do IBGE diz que órgão está preparado para realizar o Censo em 2021
O novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Rios Neto, tomou posse no cargo na última sexta-feira, 30 de abril e em entrevista coletiva online, disse que o projeto do Censo Demográfico está pronto e o Instituto está preparado para realiza-lo este não, mas que depende da liberação dos recursos orçamentários.
Também destacou que a evolução da cobertura da vacinação contra a Covid-19 será um importante parâmetro para o início da operação em todo o país.
Ele não descartou a possibilidade de o Censo ficar para 2022, dado que o cronograma original de preparação já sofreu adiamentos em etapas que não puderam ser concluídas sem a definição da verba esperada.
“Estamos preparados tecnicamente para a realização do Censo neste ano. Há um clamor social para que ele ocorra. Precisamos, contudo, aguardar se o orçamento de R$ 2 bilhões será recomposto, seja por via judicial ou pelo Congresso, para que todo o planejamento da operação censitária seja executado”, explicou Rios Neto.
Na última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, determinou, em decisão liminar, a realização do Censo. Isso ocorreu depois que o Orçamento foi sancionado pelo governo com corte de mais de 90% dos recursos.
O orçamento de R$ 2 bilhões foi reduzido para R$ 53 milhões, o que inviabiliza a operação. A decisão individual do ministro será avaliada pelo plenário do Supremo.
Rios Neto destacou, contudo, que, independente da recomposição do orçamento, já não será possível começar a coleta dos dados em 1º agosto, como previa o cronograma inicial do Censo.
“No atual momento, isso significa contemplar o adiamento do início da coleta para setembro ou outubro, em decisão a ser tomada oportunamente pela Comissão de Planejamento e Organização Geral dos Censos (CPO)”, afirmou.
Já os processos seletivos para contratação temporária de 204 mil recenseadores e agentes censitários continuam suspensos, aguardando uma definição sobre o orçamento.
“Como esses profissionais visitarão mais de 70 milhões de domicílios, em todos os municípios do país, as condições sanitárias são importantes para o início da coleta dos dados”, disse o presidente.