Presidente da Fusve participa de palestra na FGV e debate o terceiro setor
O presidente da Fundação Educacional Severino Sombra (Fusve), o engenheiro Marco Capute, participou como palestrante nesta segunda-feira (21), do Encontro Nacional de Fundações de Direito Privado, no Centro Cultural da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
O evento organizado pela FGV e o Ministério Público das Fundações, foi para debater o terceiro setor e reuniu gestores fundacionais e autoridades, como o Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e ministros do Superior Tribunal de Justiça.
Durante sua exposição, Marco Capute faz um balanço de sua gestão à frente da Fusve, marcada por números superlativos e a aplicação de gestores inovadores de gestão. A apresentação fez tremer os alicerces sobre os quais se assentam as bases acadêmicas da administração.
Deixou a plateia estupefata ao afirmar, dentro de um templo da administração como é a FGV, que planejamento estratégico é atualmente um amontoado de papeis inúteis, devido à velocidade com que as coisas mudam, quebrando um paradigma dos conservadores modelos de gestão.
Capute apresentou o modelo atual de gestão da Fusve, que ele classificou de “direcionamento estratégico”. O modelo pode ser definido de acordo com a situação da empresa e compreende três possíveis caminhos: crescer (que compreende caixa alto e/ou capacidade de endividamento e buscar oportunidades no mercado); manter (forte controle de custos) e reduzir (negociar ativos que não produzem retorno adequado).
O engenheiro vassourense mostrou, ainda, como fazer para o modelo rodar. “Montar um plano de negócios considerando os ativos atuais e suas potencialidades; montar um fluxo de caixa para 10 anos de funcionamento; montar um modelo de orçamento baseado nos dois primeiros anos do plano de negócios; executar uma forte gestão de caixa; construir uma alavancagem máxima permitida otimizada; manter um capital de giro considerando 6 meses de despesas com salários; manter o caixa com forte liquidez para o caso de um direcionamento estratégico de crescimento”, disse.
Marco Capute mostrou também que adotou os modelos operacionais da gestão da universidade como unidades de negócios para cada curso. Curiosamente, adotou como modelo de gestão do hospital um circo, composto por pessoas com multifunções e ainda os grandes artistas, equipe da alta complexidade, laboratório, lavanderia e diagnóstico por imagem exercendo uma gestão compartilhada, com remunerações adicionais pelo resultado que trazem para as unidades hospitalares.
Em uma postagem em rede social nesta terça-feira (22), Capute divulgou sua participação no encontro. “Participei ontem de um importante debate a respeito do terceiro setor. O Encontro Nacional de Fundações de Direito Privado me proporcionou a oportunidade de falar de nosso trabalho à frente da Fundação Educacional Severino Sombra e apresentar os números de nossa expansão”, destacou.
Em sua palestra, Capute lembrou dos momentos difíceis que enfrentou quando assumiu a gestão na Fusve, em 2012. “Lembrei de toda a dificuldade enfrentada desde a nossa posse, com salários atrasados e dívidas que representavam quatro vezes o nosso faturamento. Mudamos para sobreviver e hoje seguimos em constante expansão. Tenho a convicção de que não há outra saída. A Fusve é fundamental para Vassouras e região na Educação, na Saúde e no desenvolvimento econômico”, postou o presidente.
Marcos Capute apresentou números superlativos que demonstram o franco crescimento da Fusve desde sua posse. O número de alunos matriculados em cursos presenciais, por exemplo, triplicou.
O faturamento na Educação foi, em 2021, quatro vezes maior que em 2012. O Hospital Universitário de Vassouras, que gerava prejuízo de cerca de 2 milhões de reais mensais, fecha há anos no superávit. “Há uma ideia de que fundação não pode ter superávit. Mas é o superávit que nos dá a tranquilidade para criar um plano de financiamento próprio, que nos proporcionou abraçar nossos alunos no momento mais agudo da pandemia, abrindo mão de duas mensalidades, e ainda nos permitiu salvar vidas, sendo o HUV o maior hospital privado em número de leitos destinados a Covid-19”, comenta.
Para os próximos anos, Marco Capute projeta ainda mais crescimento. “Devemos dobrar o número de alunos nos próximos cinco anos e operar pelo menos mais dois ou três hospitais, além do novo HUV, que será concluído nos próximos dois anos, com uma área útil de 21 mil m2, quase três vezes o HUV atual, que vai operar diversas outras complexidades da área médica. Vamos continuar crescendo e mostrando que, com uma inteligente e comprometida gestão, se consegue reverter quadros aparentemente irreversíveis. Como parâmetro de comparação, podemos, por exemplo, reverter o quadro do Estado do Rio de Janeiro, com esse tipo de gestão. Não posso esquecer que a participação de todos os nossos funcionários foi fundamental para nossa recuperação. Assim, estaremos honrando o legado do nosso fundador General Sombra”, finalizou.