Presidente da CSN fala sobre sua sucessão na estatal
O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, falou sobre sua sucessão na empresa. A declaração foi dada durante a abertura de capital da subsidiária de mineração da Companhia, que está prestes a ser listada em uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), prevista para o início de 2021, que pode levantar R$ 8 bilhões. Informou a Época Negócios, nesta sexta-feira (4).
A transação faz parte da missão da CSN de reduzir seu endividamento, após anos de cobrança do mercado. A sucessão, afirmam fontes próximas à Companhia, é esperada para ocorrer em três anos, após Steinbruch, que tem 67 anos, completar 70.
A filha mais velha, Victoria, hoje com 28 anos, é apontada como a próxima executiva a assumir o posto mais alto da CSN.
De acordo com a reportagem, “a passagem de bastão de pai para filha é vista internamente como natural, embora Steinbruch não pareça alguém que esteja perto de uma aposentadoria”.
É que Steinbruch participa ativamente das reuniões com investidores no processo de preparação para levar a CSN Mineração à Bolsa.
Victoria também está sempre presente nos encontros e já mostrou, segundo fontes que participaram das conversas, que conhece o negócio.
Apesar da pouca idade, a filha de Steinbruch está envolvida há muitos anos no dia a dia da empresa. O executivo já a levava, desde menina, para importantes reuniões. Desde conversas com bancos a encontros para tomada de decisão da Companhia. Hábito que, muitas vezes, deixou relutante os executivos presentes, afirmam fontes.
Se de fato assumir o comando da CSN no lugar de seu pai, Victoria Steinbruch comandará uma das maiores empresas do país, com um faturamento anual na casa de R$ 25 bilhões, conforme os números fechados de 2019, em um setor ainda predominantemente masculino.