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Petrobras investirá R$ 118 bilhões e criará 180 mil empregos no país

A Petrobras anunciou um investimento de R$ 118 bilhões que deve impulsionar a indústria naval brasileira e gerar cerca de 180 mil empregos diretos e indiretos. A medida inclui a contratação de 48 embarcações com elevado conteúdo nacional, fortalecendo a cadeia produtiva do setor.

O anúncio foi feito pela presidente da estatal, Magda Chambriard, durante o painel “Iniciativas do Setor Produtivo e Transição Verde”, no Fórum Nova Indústria Brasil, realizado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.

O investimento reforça o compromisso da Petrobras com o desenvolvimento econômico e a geração de empregos, além de se alinhar às políticas de reindustrialização e transição energética promovidas pelo governo federal.

 

Investimento de impacto no setor naval

Segundo Magda Chambriard, o investimento de R$ 118 bilhões está previsto para ser destinado exclusivamente ao Brasil, o que representa um grande impulso para a indústria nacional.

Ela esclareceu que esses valores estão relacionados às 48 embarcações que a Petrobras contratará até o fim de 2026, com editais a serem lançados nesse período.

“Estamos falando de R$ 18 bilhões que efetivamente circularão no Brasil com essas embarcações e a geração de 180 mil postos de trabalho, não empregos, mas postos de trabalho. Ou seja, cada fase da cadeia produtiva, da fabricação ao suporte, estará movimentada”, enfatizou a presidente.

Esse movimento demonstra a aposta da Petrobras na produção nacional e na retomada da economia por meio da cadeia naval, que envolve desde estaleiros até fornecedores e prestadores de serviços.

Com o impacto direto na geração de empregos, o projeto reforça o compromisso da estatal com a retomada econômica e o fortalecimento da indústria local, um setor estratégico para a soberania energética do país.

 

Monitoramento dos preços dos combustíveis

Além da estratégia para o setor naval, Magda Chambriard também comentou a respeito dos preços dos combustíveis no Brasil.

De acordo com ela, a Petrobras realiza um acompanhamento constante do mercado internacional, com revisões a cada 15 dias, para ajustar suas políticas de preços.

 

“Estamos atentos à queda dos preços do petróleo e à valorização do real, o que pode permitir a redução dos preços dos combustíveis no Brasil”, afirmou.

Magda ressaltou que atualmente os valores da gasolina, diesel, querosene de aviação (QAV) e gás liquefeito de petróleo (GLP) estão abaixo da paridade internacional, o que demonstra o esforço da empresa para manter preços mais acessíveis ao consumidor.

Ela explicou ainda que a Petrobras não descarta reduzir os preços se houver uma nova queda no mercado global, mas mantém uma postura de monitoramento rigoroso para evitar oscilações bruscas e preservar a estabilidade no setor.

 

Reajuste mensal do querosene de aviação

No que diz respeito ao querosene de aviação, combustível essencial para o setor aéreo, Magda explicou que a Petrobras faz reajustes mensais por conta de contratos específicos que exigem essa periodicidade.

Ela não revelou detalhes sobre o próximo reajuste, mas destacou que a oscilação do preço do barril de petróleo Brent e a variação cambial são fatores determinantes para definir os valores.

Esse procedimento reforça a necessidade de um acompanhamento cuidadoso, pois o preço do QAV impacta diretamente o custo das passagens aéreas e a competitividade do setor no Brasil e no mundo.

 

Braskem e a petroquímica nacional

Outro ponto destacado por Magda Chambriard foi a importância da Braskem, uma empresa petroquímica controlada em parte pela Petrobras e que atualmente é a sexta maior do mundo no setor.

Ela reconheceu que existem questões societárias a serem resolvidas entre a estatal e a petroquímica, mas mostrou otimismo em relação à solução, principalmente após a proposta de controle da Braskem apresentada pelo empresário Nelson Tanure.

“A Braskem tem uma questão societária que precisa ser resolvida, e a proposta do Tanure está alinhada com essa solução, assim como movimentos bancários que acompanham essa direção. Espero que, independentemente da decisão, a Petrobras apoie o caminho que fortaleça a petroquímica brasileira,” declarou a presidente.

Magda destacou ainda o papel estratégico da Braskem na retomada da indústria química nacional, que enfrenta desafios mas tem potencial para crescer e ocupar o lugar de destaque que merece.

 

O futuro da Petrobras e a transição energética

Durante sua fala, Magda também reforçou a visão da Petrobras sobre o futuro energético, especialmente no que diz respeito à descarbonização e ao papel dos combustíveis fósseis.

“Embora falemos em redução dos combustíveis fósseis, temos a certeza de que eles continuarão sendo utilizados por muitas décadas, sobretudo para fins petroquímicos,” afirmou.

Ela ressaltou que a Petrobras produz óleo e gás associados, matéria-prima fundamental para a indústria petroquímica que não pode ser abandonada, mesmo com a transição para energias mais limpas.

Essa visão mostra a complexidade do processo de transição energética, que exige equilíbrio entre inovação, sustentabilidade e a manutenção da cadeia produtiva existente para garantir o abastecimento e o desenvolvimento econômico.

 

O que essa nova fase da Petrobras significa para o Brasil?

Com um investimento bilionário na construção de embarcações com alto conteúdo nacional, a estatal demonstra uma estratégia ousada de estimular a indústria local e gerar milhares de empregos em diferentes setores.

Ao mesmo tempo, o acompanhamento rigoroso dos preços dos combustíveis e a busca por soluções para a Braskem reforçam o compromisso da Petrobras com a estabilidade econômica e o fortalecimento das cadeias produtivas estratégicas.

Esse conjunto de ações mostra que a empresa está atenta às transformações globais e locais, buscando equilibrar a sustentabilidade, a competitividade e o desenvolvimento do Brasil.

E você, o que acha das estratégias da Petrobras para impulsionar a indústria naval e garantir a segurança energética do país? Será que esses investimentos serão suficientes para posicionar o Brasil como um protagonista na economia global?

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