Petrobras está se preparando para explorar novos poços do Pré-Sal na Bacia de Campos
A Petrobras está se preparando para começar a explorar no próximo ano os novos poços do Pré-Sal da Bacia de Campos. A companhia também pretende realizar uma série de investimentos na revitalização dos campos maduros e no descomissionamento de antigas plataformas. A informação foi divulgada na última semana pelo gerente-geral da Unidade de Negócios da Petrobras na Bacia de Campos (UN-BC), Alex Murteira Celem, durante a palestra “Perspectivas Regionais” do Macaé Energy.
O painel contou com uma mensagem especial, via vídeo, da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que também é vice-presidente do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan. “A região Norte Fluminense sempre teve uma enorme relevância para o setor de óleo e gás e a nossa cadeia de fornecedores, sediando parte significativa da nossa produção e logística. Tenho certeza de que este evento vai representar um marco da retomada de Macaé e de toda a região, tornando-se um centro de discussões sobre o nosso setor e consolidando a cidade como um hub de negócios para o mercado”, disse Magda.
O coordenador da Comissão Municipal da Firjan em Macaé, Gualter Scheles, comemorou os investimentos e reafirmou a importância da companhia no desenvolvimento do município e da região. “Nós queremos esse protagonismo e assumimos esse protagonismo. Precisamos reverberar o que vem sendo discutido aqui neste evento. É uma das principais atividades econômicas do país, e é preciso que tenhamos segurança jurídica para que possamos ajudar cada vez com o desenvolvimento socioeconômico”, destacou.
O gerente-geral da UN-BC Petrobras, destacou três blocos adquiridos pela companhia na Bacia de Campos que começarão a ser explorados no primeiro semestre do ano que vem, Forno, Água Marinha e Norte de Bravo. “Vamos perfurar o primeiro poço exploratório em águas marinhas no Pré-Sal da Bacia de Campos, e temos muita esperança, pelo conhecimento que temos da área, de ser o futuro da Bacia de Campos”, disse Celem.
Celem falou também sobre duas novas unidades, que vão chegar à Bacia de Campos, com capacidade de produzir 20% a mais do que se produzia até então, além de reduzir em 55% as emissões de gases do efeito estufa. O Plano de Renovação da Bacia de Campos prevê ainda investimentos para quase dobrar a atual produção de petróleo na região até 2028, além de diversas ações de descomissionamento que vão movimentar US$ 26 bilhões. “É um novo mundo, um novo negócio que se abre, e só está começando. A Bacia de Campos está voltando a ser olhada pelo mundo, a mostrar sua pujança, e se destacando de novo pelo desenvolvimento tecnológico com a revitalização dos campos maduros”, concluiu.
Oportunidades na geração de energia elétrica a partir de gás
O painel contou também com as apresentações de Fábio Rodrigues, gerente do Projeto UTE Marlim Azul, da Arke Energia, que falou sobre a nova UTE prevista pela empresa, utilizando gás do Pré-Sal. Com a concretização da Marlim Azul 2, as duas UTEs devem gerar até 565 MW.
Rodrigues destacou que essa nova unidade é diferenciadad e mais sustentável, ao passo que faz uso de tecnologia de torres secas implementada, o que reduz o uso de água no processo de geração de energia.
O diretor de Operações da EDF Brasil, Jean-Philippe, participou do painel apresentando a atuação da multinacional em diversos segmentos do mercado de energia. Operando atualmente na região com a UTE Norte Fluminense, a EDF Brasil também possui projeto para implementação da Norte Fluminense 2.
Phillipe também destacou as participações nos novos leilões de capacidade e o recente investimento no segmento de transmissão de energia, visando a transição energética e a integração das novas energias geradas em todo o país.
A atuação em conjunto com atores para a evolução regulatória no mercado de gás natural, também foi destaque em sua apresentação. Com o possível avanço do Projeto Rota 5 e a previsão de maior oferta de gás natural na região, a EDF destacou a viabilização de novos projetos e continuidade de desenvolvimento do ecossistema de empresas no norte fluminense ligadas ao gás natural, além da contribuição para decisão de investimentos de diversas empresas.