Pequena indústria brasileira tem seu melhor desempenho histórico em outubro
O índice de desempenho da pequena indústria, medido pela Confederação Nacional de Indústria (CNI), registrou um recorde histórico em 52,3 pontos em outubro. Informou a confederação nesta quarta-feira (11).
A CNI credita os números à reabertura das atividades econômicas, que trouxe a recuperação da economia ao longo do terceiro trimestre. É o que mostram os resultados do Panorama da Pequena Indústria, criado pela entidade em 2012.
O desempenho da pequena indústria, que no fim do trimestre anterior, em junho, estava com 41,3 pontos, abaixo da média histórica, iniciou o terceiro trimestre com alta significativa, saltando para 46,2 pontos em julho. Nos meses subsequentes passou para 49,7 pontos em agosto e alcançou 52,3 pontos em setembro, maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2012.
Já o Índice de Situação Financeira alcançou 41,9 pontos no terceiro trimestre de 2020, após alta de 8,7 pontos em relação ao segundo trimestre. O índice é o maior desde o fim de 2013, quando ficou em 43,8 pontos.
A falta ou alto custo de insumos tornou-se o principal problema enfrentado pelas empresas da indústria de transformação e da construção. Para a indústria extrativa, a falta ou alto custo da energia saltou para a primeira posição no ranking das principais dificuldades.
O painel com os principais problemas enfrentados pelas pequenas empresas industriais no terceiro trimestre de 2020 ainda reflete dificuldades relacionadas aos efeitos da pandemia. Para os segmentos de transformação e construção, a falta ou alta no custo de matéria-prima foi o principal problema enfrentado no terceiro trimestre, mostrando agravamento em relação ao registrado em junho.
“O crescimento desse problema reflete a redução dos estoques desde o início da pandemia, a desmobilização das cadeias produtivas e o descompasso entre a oferta e demanda de insumos com a rápida e inesperada recuperação da atividade, além dos impactos do câmbio sobre os preços”, explica o relatório técnico.
Nos diversos segmentos industriais, a elevada carga tributária figura como o segundo principal problema com percentuais que variam de 39,9% a 25,5%, segundo a pesquisa.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) das pequenas empresas, ficou em 59,5 pontos em outubro. Já o Índice de Perspectivas da Pequena Indústria ficou em 52,4 pontos em outubro, acima da sua média histórica de 45,6 pontos, apontando perspectivas otimistas dos empresários para os próximos meses, segundo a CNI.