Editorial

Número de trabalhadores autônomos bate recorde em 2021 e faz aumentar o emprego no país

Sete a cada 10 novos postos de trabalho criados no último ano foram por conta própria. Atualmente, 28% de toda a população empregada atua de forma autônoma

O trabalho por conta própria no Brasil atingiu o número recorde de 24,8 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2021. Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta semana e esta quantia corresponde a 28,3% de toda a população ativa no mercado de trabalho.

Esses resultados apontam um crescimento de 4,2% comparado ao trimestre anterior. Para o economista e CEO da Express CTB e accountech de contabilidade, João Esposito, essa ascensão no número de profissionais autônomos tem grade responsabilidade no que diz respeito a diminuição das taxas de desemprego.

“Se comparamos com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de mais de 4,4 milhões de empregados no mercado de trabalho, sendo que 71% desta quantia representa trabalhadores autônomos”, revela o economista.

Atualmente, o Brasil conta com cerca de 24,8 milhões de pessoas que atuam por conta própria. Deste total, apenas 5,7 milhões possuem CNPJ.

De acordo com o IBGE, os conta própria informais foram responsáveis por mais da metade da alta na ocupação brasileira. “No primeiro trimestre do ano, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,7%. No segundo, a porcentagem caiu para 14,1%. Foram mais de 400 mil trabalhadores que se recolocaram no mercado de trabalho”, explica Esposito.

As atividades relacionadas à alojamento e alimentação ficaram em primeiro lugar no que se refere ao crescimento da ocupação no segundo trimestre, apresentando uma alta de 9,1% comparado ao trimestre anterior.

Em seguida, a área de construção apresentou 5,7% de aumento, serviços domésticos, 4% e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, tiveram alta de 3,8%.

“Vale ressaltar que mesmo com os benefícios relacionados a diminuição do desemprego, o rendimento médio de trabalhadores autônomos nos últimos meses foi bem baixo da média do país e daqueles que trabalham com carteira assinada. Para quem não atua com CNPJ, esse número é ainda menor”, destaca o economista.

 

 

 

 

 

Esio Bellido

Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, pelo Centro Universitário Fluminense - UNIFLU/FAFIC - Campos dos Goytacazes-RJ - Formado em 22/12/2005. Pós-graduado em 'Especialização em Assessoria e Gestão da Comunicação', pela Universidade Anhambi Morumbi-SP - 2021/2022. Registro Profissional de Jornalista nº 0036792/RJ – MTb - Emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego de Campos dos Goytacazes-RJ, em 17/07/2015. Acadêmico em Direito (2º período).

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