Ministro da Infraestrutura anuncia retomada de obras do Arco Metropolitano
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou nesta sexta-feira (30) a retomada das obras do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, por questões de segurança, até que seja feita concessão para o setor privado.
O Arco Metropolitano liga as cidades de Itaboraí, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Queimados, Japeri, Seropédica e Itaguaí.
“A gente tem uma preocupação grande com a questão da segurança. Trabalhamos para estruturar uma concessão que vai contemplar o Arco Metropolitano junto com a BR-116/RJ-MG, do Rio de Janeiro para Teresópolis e também a extensão da 116 em Minas até Governador Valadares”, disse o ministro em uma entrevista coletiva.
Esse projeto já está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) e a expectativa do ministro é que seja aprovado até o final deste ano, para licitação no primeiro trimestre de 2022. Ressaltou, contudo, que não dava para esperar a concessão. “Por isso, a gente resolveu iniciar as obras imediatamente”, disse.
Estão sendo duplicados os primeiros 11 quilômetros do Arco, de Manilha para Santa Guilhermina e as três passagens inferiores, que ficaram inacabadas.
O ministro destacou que essas obras são importantes, porque sua ausência gerava diminuição de velocidade e facilitação de abordagem aos usuários. “Isso contribuía para o aumento de assaltos. A partir do momento em que a gente tem as vias duplicadas, as vias marginais e as passagens concluídas, aumenta a velocidade de trânsito, melhora o nível de serviço, melhora a fluidez e isso vai contribuir com a segurança”, afirmou.
Tarcísio de Freitas revelou que no contrato de concessão estão previstos um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), iluminação de Led em todo o Arco Metropolitano do Rio, sistema de detecção de acidentes e câmeras que estarão conectadas também com o sistema de segurança pública.
“Teremos o monitoramento constante do Arco, o que vai contribuir também para a diminuição do roubo de carga e da abordagem aos usuários”, explicou.
A rodovia é importante para o escoamento da produção do Estado do Rio de Janeiro. “Por isso, é importante que a gente restabeleça a segurança e as condições de trânsito, para que o Arco sirva para o que foi projetado”, completou.
O ministro afirmou que a iluminação solar adotada inicialmente ao longo da rodovia não se mostrou adequada e acabou se transformando em chamariz para a ação de criminosos. Com as lâmpadas de Led, ele acredita que haverá boa iluminação.
“Ter uma boa iluminância, que é a medição da quantidade de luz, é fundamental para que tenhamos segurança. Há uma relação direta entre iluminação pública e segurança. Irei trabalhar nesse sentido”, afirmou.
Também acentuou que a iluminação e a sua manutenção ficarão sob a responsabilidade da concessionária. O valor da operação estará incluído na tarifa a ser cobrada. “Então, já está na conta da concessionária”, explicou.
Pedágio
Ao contrário do projeto anterior, que previa uma única praça de pedágio em Magé, o Arco Metropolitano do Rio terá duas praças de pedágio, uma na subida da serra, em Guapimirim e outra antes de Itaboraí, depois de Magé. As demais praças já estarão na BR-116, em Minas Gerais.
O ministro anunciou que para o usuário frequente, haverá redução de tarifa. “Aquele usuário que usa repetidamente a rodovia ao longo do mês, a cada passagem na praça ele vai ter redução na tarifa, de modo que a média tarifária no mês é bem mais baixa que a cobrada atualmente”, garantiu.
Os investimentos previstos alcançam R$ 9 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões serão aplicados no Arco Metropolitano do Rio. Tarcísio de Freitas salientou que todo o investimento será feito pelo concessionário privado.