Macaé será palco do ‘Desafio Solar Brasil 2025’
Pela primeira vez, Macaé sediará o Desafio Solar Brasil 2025, competição que reúne embarcações movidas a energia fotovoltaica. O evento acontecerá entre os dias 22 e 26 de outubro, na Lagoa de Imboassica, e contará com a participação de 15 barcos de diferentes estados brasileiros.
A iniciativa é promovida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com a Prefeitura de Macaé, e busca incentivar a inovação tecnológica e a sustentabilidade no setor náutico.
Representando a cidade, a equipe de Fernando Amorim, com o barco Carcrá, do Campus UFRJ/Macaé, é apontada como uma das favoritas ao título desta edição.
Competirão equipes do Pará, do Amazonas, de Santa Catarina, do Espírito Santo, entre outras, em duas categorias: Livre (um casco) e Catamarã (dois cascos). De acordo com um dos organizadores e idealizadores do Desafio, o Doutor em Planejamento Energético pela UFRJ e professor no Campus Macaé desde 2015, Maurício Nepomuceno de Oliveira, os objetivos do projeto são popularizar o uso das energias fotovoltaicas e fomentar o desenvolvimento de tecnologias neste campo. Para o secretário de Esportes de Macaé, César Maillet, a competição também incentiva a prática esportiva e movimenta a economia local, por meio do turismo esportivo.
“É um prazer receber este evento em Macaé, incentivando a prática esportiva e o desenvolvimento intelectual dos alunos de Engenharia da UFRJ/Macaé e das outras universidades que estão vindo para a cidade. Será uma linda competição na nossa Lagoa de Imboassica, movimentando nossos hotéis, bares e restaurantes e trazendo pessoas para conhecerem a nossa cidade”, enfatiza César Maillet.
Maurício Nepomuceno conta que a primeira edição do Desafio Solar Brasil ocorreu em 2009 e, desde então, já foram promovidas cerca de 20 competições. Tudo começou em 2008, quando o professor Maurício, ainda aluno de Engenharia Naval da UFRJ, foi competir na Holanda com barco solar. Nessa oportunidade, ele aprendeu muito sobre as energias fotovoltaicas e considerou trazer este tipo de competição para o Brasil. Assim, a UFRJ criou o Desafio Solar Brasil e se manteve como organizadora através de uma rede de pesquisadores de diferentes regiões do país.
“Nós também temos o objetivo de formar engenheiros e técnicos nessas tecnologias. Trabalhamos com 300 estudantes por ano. A dinâmica das competições envolveu cerca de 6 mil pessoas com inovação. Várias empresas foram criadas em segmentos semelhantes a esse. Os veículos elétricos ainda são pouco explorados no Brasil, principalmente embarcações. Nós desejamos colaborar para este desenvolvimento. Por isso, é um evento de inovação tecnológica. Cada barco tem uma tecnologia envolvida: baterias, sistemas de controle e mecânica. O barco de Fernando Amorim tem boas chances. Toda a tecnologia foi desenvolvida no Campus Macaé da UFRJ. A Secretaria de Esportes de Macaé foi fundamental para a realização deste evento, assim como a Secretaria Executiva de Educação Superior e a Secretaria de Ambiente, Sustentabilidade e Clima, que conseguiu duas embarcações”, salienta o professor.
