Início da operação da plataforma Anita Garibaldi eleva número de campos em produção na bacia de Campos
Em termos iniciais, a produção da União será modesta, com expectativas de crescimento à medida que o FPSO atinja sua capacidade operacional máxima, conforme informado pela PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.)
A partir desta semana, a União dá as boas-vindas à operação da FPSO (plataforma flutuante) Anita Garibaldi, incrementando seu portfólio de contratos ativos.
Localizada no Norte de Brava, na bacia de Campos, a plataforma da Petrobras marca a ascensão para oito campos em produção, impulsionando recursos para o governo. A abrangência da nova plataforma é notável, abarcando tanto o pós-sal quanto o pré-sal dos campos de Marlim e Voador.
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Os campos de pré-sal de Marlim e Voador formam parte integrante da Jazida Compartilhada de Brava. A relevância do contrato de partilha de produção de Norte de Brava também é inquestionável, com a União ostentando uma participação de excedente em óleo de 61,71%.
A Petrobras, como única concessionária, comunicou no dia 17 de agosto, o início da produção do poço 9-MRL-231DA-RJS, no FPSO Anita Garibaldi. A plataforma tem capacidade para produzir até 80 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar até 7 milhões de metros cúbicos de gás diariamente.
Em termos iniciais, a produção da União será modesta, com expectativas de crescimento à medida que o FPSO atinja sua capacidade operacional máxima, conforme informado pela PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.).
Possíveis impactos para investidores
A adição da FPSO Anita Garibaldi à produção energética do país desenha um panorama promissor para os investidores atentos ao mercado de energia e petróleo. A entrada em operação dessa plataforma, juntamente com o aumento gradual da produção, pode gerar oportunidades interessantes para investimentos no setor de energia, uma vez que a demanda mundial continua a sustentar preços competitivos no mercado global.
Consolidação da produção e renda
Com esse marco, oito dos 23 contratos de partilha de produção já estão em pleno funcionamento, consolidando a contribuição significativa desses campos para a produção nacional. Dentre eles estão Mero, Tartaruga Verde Sudoeste, Entorno de Sapinhoá, Búzios, Atapu, Sépia, Itapu e o recém-ativado Norte de Brava.
O progresso contínuo da produção em múltiplos campos fortalece a renda proveniente do setor de petróleo e gás, fomentando a estabilidade econômica.
Desempenho no primeiro semestre de 2023
No mês de junho, a produção média dos sete contratos de partilha de produção alcançou 881 mil barris por dia (bpd), apresentando um aumento de 8% em relação ao mês anterior. Esse aumento se deve, em parte, ao retorno à operação dos campos de Mero e Búzios, após uma parada para manutenção. Búzios, continuando como um protagonista na produção, contribuiu de forma significativa para esse avanço.
O petróleo extraído da Jazida Compartilhada de Tupi, que inclui o Campo de Tupi explorado sob regime de concessão, somado a uma área sob domínio da União, também está contribuindo para o incremento da produção.
Expansão da produção de gás natural
A produção total de gás natural com aproveitamento comercial apresentou uma média de 2,69 milhões de metros cúbicos por dia, representando um aumento de 1% em relação ao período anterior. Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pelo campo de Búzios, que desempenha um papel vital na produção de gás.
Resultado impulsionado pelo forte desempenho
O primeiro semestre de 2023 registrou um aumento notável na parcela de petróleo a que a União tem direito, totalizando 7,27 milhões de barris. Esse número representa mais do que o dobro do volume obtido no mesmo período do ano anterior. O desempenho notável de campos como Mero, Búzios e Sapinhoá foi um dos principais impulsionadores desse resultado. Vale destacar que, em fevereiro de 2023, o FPSO Guanabara, localizado em Mero, alcançou um recorde de produção mensal no pré-sal, atingindo 179 mil barris por dia.
Crescimento expressivo na produção de petróleo
A produção acumulada de petróleo proveniente dos sete contratos em regime de partilha no primeiro semestre atingiu a marca de 147 milhões de barris. Esse valor é 50,4% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior (97,7 milhões de barris). Com Búzios, Mero e Sépia liderando a produção, essa expansão expressiva demonstra a resiliência e a vitalidade do setor.
Expansão no mercado de gás natural
No tocante ao gás natural disponibilizado para exportação, o primeiro semestre viu uma produção total de 363 milhões de metros cúbicos, quase o dobro do volume registrado no mesmo período de 2022 (193 milhões de metros cúbicos). Um destaque importante é que 16,14 milhões de metros cúbicos desse total são de direito da União, evidenciando uma posição mais robusta no mercado internacional de gás natural.