Indústria de brinquedos no Brasil estima crescimento de 3% no ano
Nem mesmo chegou o Dia das Crianças e a indústria brasileira de brinquedos já registra um aumento na produção. Tudo isso se deve aos resultados da pandemia do novo coronavírus, em que os brasileiros estão receosos em comprar produtos de origem chinesa.
Diante disso, diminuiu consideravelmente as importações de brinquedos e derivados vindo da China, o que fez a produção brasileira aumentar sua demanda.
Outro lado positivo na aquisição de brinquedos pelas famílias brasileiras é o fato do isolamento social, onde mais pessoas estão em casa, o que muitos preferem passar o tempo com jogos de tabuleiros, quebra-cabeças e outros brinquedos educativos.
A expectativa para os fabricantes de brinquedos em 2020 é manter um ritmo de crescimento de pelo menos 3% em relação ao ano passado, quando a alta foi de 6%. A estimativa é da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).
Na contramão da crise enfrentada por muito setores, segundo o presidente da Abrinq, Synesio Batista da Costa, houve um verdadeiro ‘boom’ nas vendas. “A criança está em casa, estressada e o pai acaba comprando para ela e comprando também para ele também. A gente não contava com isso”, comentou.
O cenário se mantém otimista, isso porque 65% das vendas de brinquedos estão concentradas no segundo semestre do ano, com a comemoração do Dia da Crianças e do Natal. E outro fator que favoreceu o setor foi a disparada do dólar o que ocasionou uma redução drástica na importação de brinquedos.
Segundo o diretor de Marketing da Estrela, Aires Fernandes, houve uma redução da importação de 37,7% de janeiro a julho. “Isso mostra que a indústria nacional deve abocanhar uma fatia maior, avançando na entrada de produtos importados”, disse.