Ibovespa fecha acima de 100 mil pontos e otimismo prevalece em bolsa brasileira
Após passar por dias de alta instabilidade, o Ibovespa enfim fechou acima de 100 mil pontos nessa sexta-feira (10). A recuperação da marca que havia sido perdida em março, quando a Covid-19 começou a se alastrar pelo País, ganhou uma injeção de ânimo, o que pode sinalizar ao mercado, que dias melhores estão por vir.
Na última quinta-feira (9), a bolsa brasileira ultrapassou o número em uma oscilação diária, mas apenas na sexta (10), conseguiu segurá-lo até o encerramento do pregão, fechando em alta de 0,88% aos 100.031 pontos.
Um dos seus maiores impulsos foi a boa notícia dada pela farmacêutica americana Gilead a respeito do avanço das pesquisas sobre o medicamento “Remdesivir” no combate ao novo coronavírus, mas informações locais também contribuíram com o apetite dos investidores.
Dados sobre a economia brasileira divulgados também na sexta-feira (10), endossaram a tendência de recuperação da crise. Após dois meses de deflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, finalmente apresentou alta.
No mês passado ele subiu 0,26% puxado principalmente por gastos com alimentos e combustível. Apesar de estar abaixo da expectativa do mercado, de 0,30% ele é superior aos níveis pré-pandemia. Em janeiro e fevereiro, o IPCA ficou respectivamente em 0,21 e 0,25.
Esse índice é muito importante porque significa inflação, ou seja: as pessoas estão consumindo mais e não menos. O crescimento nos preços é também um indício para o mercado de que a taxa básica da economia, que está em patamares historicamente baixos, não deve cair mais. Isso atrai menos investidores internacionais e diminui a entrada de dólar no país, o que contribui com a valorização do real. O dólar fechou na sexta (10) em baixa de 0,35% a 5,3208 reais.
No acumulado da semana, os dados são bastante positivos: o Ibovespa fechou em alta de 3,38% e o dólar de 0,05%. Uma guinada forte nas bolsas ocorreu logo na segunda-feira (6), refletindo acontecimentos importantes do final de semana.
A China, forte motor da economia mundial, divulgou em seu jornal estatal que a tendência da sua economia é crescer e que o governo está empenhado em manter essa alta, o que animou investidores em todo o mundo. Por outro lado, na terça-feira (7), o mercado internacional “esfriou” com novos focos da contaminação na Europa, principalmente na Alemanha.
Ao longo de toda a semana, recordes de novos casos nos Estados Unidos também puxaram o mercado para baixo. Essa montanha-russa vem caracterizando bem os movimentos das bolsas e apesar da tendência otimista, seus rumos ainda são altamente incertos.