IBGE registra deflação para famílias nas menores faixas de renda
Ao mesmo tempo, os preços disparam na Alemanha
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou -0,32% de variação no mês de setembro. Desse modo, houve o terceiro registro mensal seguido de deflação no indicador que monitora o custo de vida para os brasileiros com as menores faixas de renda.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o INPC mede a variação do poder de compra apenas para famílias com renda entre um e cinco salários mínimos. “São grupos mais sensíveis às variações de preço, pois tendem a gastar todo o seu rendimento em itens básicos, como alimentação e medicamentos”, informa o órgão.
A variação negativa para INPC teve início em julho (-0,6%) e também ocorreu em agosto (-0,31%). No acumulado de 12 meses, o indicador caiu de 8,83% para 7,19%.
Para o INPC de setembro, a alimentação teve o maior peso na variação: quase 25%. Também se destaca a influência dos custos dos transportes (próximo de 20%) e da habitação (cerca de 17%).
Alimentos puxam a deflação de menores faixas de renda
No caso dos alimentos, a queda nos preços chegou a -0,51%. A redução dos custos na economia brasileira aparece, inclusive, no arroz, no feijão e nas carnes. Essa mistura é uma das bases da alimentação da população do país.
Entre as capitais avaliadas pela pesquisa do IBGE, Porto Alegre (RS) registrou a maior deflação para os brasileiros com as menores faixas de renda: -0,66%. Ao todo, 16 capitais foram avaliadas e apenas duas delas — Belém (PA) e Vitória (ES) — apresentaram inflação: 0,11% e 0,21%, respectivamente.
Deflação no Brasil, inflação na Alemanha
Além disso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também teve variação mensal negativa em setembro (-0,29%). E o mesmo ocorreu em agosto (-0,36%) e julho (-0,68%). Outro indicador calculado pelo IBGE, ele mensura a variação da inflação para brasileiros com faixa de renda até 40 salários mínimos.
Em 12 meses o IPCA acumula alta de 7,17%. Assim, a inflação no Brasil ficou menor que na Alemanha. O índice de preço ao consumidor alemão deve fechar setembro com 10% de alta em relação ao mês em 2021, conforme prevê o governo do país.