Ibama autoriza instalação de gasoduto offshore do projeto Raia, da Equinor
O Ibama concedeu no sábado (12) a licença de instalação para o trecho offshore do gasoduto do projeto Raia, operado pela Equinor no pré-sal da Bacia de Campos. A informação foi divulgada pela companhia nesta segunda-feira (14). Com a autorização do órgão ambiental e da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Equinor anunciou que iniciará a instalação marítima da estrutura, que terá 200 km de extensão e ligará o FPSO Raia à unidade de Cabiúnas, em Macaé (RJ).
“Agradecemos ao instituto pela sua contribuição para um projeto que colaborará com a segurança energética do país, podendo gerar até 50 mil empregos diretos e indiretos ao longo de seu ciclo de vida útil”, disse Verônica Coelho, presidente da Equinor no Brasil, segundo o comunicado.
No último dia 26, o Ibama emitiu a licença prévia para a atividade de produção de óleo e gás do projeto Raia. O documento atesta a viabilidade ambiental da atividade no bloco BM-C-33, aprovando sua localização e concepção, conforme descrito no Estudo de Impacto Ambiental e suas complementações.
De acordo com informações do Ministério de Minas e Energia (MME), o projeto Raia está próximo de receber a sua licença de operação. O cronograma de simulações de emergência já foi definido, e a próxima etapa é a conclusão do relatório da Avaliação Pré-Operacional (APO), requisito técnico essencial para demonstrar a efetividade das ações de resposta a incidentes ambientais.
Ainda segundo o MME, o Ibama já aprovou o Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF) do projeto, mas a autorização final depende do desempenho nas simulações práticas. A Equinor é a operadora de Raia, com 35% de participação, em parceria com a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%).
Raia
O projeto Raia – originado do bloco BM-C-33 – compreende três descobertas diferentes no pré-sal: Pão de Açúcar, Gávea e Seat, que contêm reservas recuperáveis de gás natural e óleo/condensado superiores a 1 bilhão de boe. A decisão final de investimento (FID) do projeto, avaliada em US$ 9 bilhões, foi tomada pelo consórcio em maio de 2023.
Estima-se que Raia será responsável pela exportação de 16 milhões de m³/dia de gás natural, o que pode representar cerca de 15% da demanda brasileira de gás quando o projeto entrar em operação. O início da produção é estimado para 2028.
O conceito de desenvolvimento de Raia baseia-se na produção por poços conectados a um FPSO capaz de tratar o óleo/condensado e especificar o gás produzido. O gás especificado para venda será escoado por meio de um gasoduto offshore de 200 km, saindo do FPSO em direção a Cabiúnas, na cidade de Macaé (RJ). Já os líquidos serão descarregados por meio de navios aliviadores.
