Governo Central registra superávit de R$ 43,2 bilhões em janeiro
A interrupção dos gastos com o enfrentamento à covid-19 e o atraso na aprovação do Orçamento de 2021 fizeram o Governo Central – Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social – registrar o segundo melhor superávit primário para meses de janeiro.
No mês passado, o governo arrecadou R$ 43,219 bilhões a mais do que gastou, divulgou nesta quinta-feira (25) o Tesouro Nacional. O resultado só não é superior ao de janeiro do ano passado, quando o superávit primário atingiu R$ 44,133 bilhões.
O superávit primário representa o resultado positivo nas contas do governo desconsiderando os juros da dívida pública. Apesar do superávit em janeiro, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece a meta de déficit de R$ 247,1 bilhões para o Governo Central neste ano.
O resultado de janeiro veio melhor que o estimado pelo mercado. As instituições financeiras pesquisadas pelo Prisma Fiscal, publicação do Ministério da Economia com analistas de mercado, estimavam que janeiro fecharia com superávit de R$ 27,5 bilhões.
As receitas totais do Governo Central ficaram praticamente estáveis em janeiro, com recuo de 0,1% em relação ao mesmo mês do ano passado descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As despesas totais caíram 0,4% na mesma comparação.
Em comunicado, o Tesouro Nacional informou que a interrupção dos gastos com o combate à pandemia de covid-19, ajudou na obtenção do superávit primário em janeiro. Os gastos caíram de R$ 33,5 bilhões em dezembro para R$ 2 bilhões em janeiro.
O atraso na votação do Orçamento de 2021 também ajudou a estabilizar as despesas. Sem a lei orçamentária aprovada, o governo está executando apenas 1/12 por mês dos gastos estabelecidos no orçamento de 2020.
Para investimentos e demais despesas não obrigatórias, o governo está gastando menos: 1/18 por mês até a aprovação do Orçamento.