Economia

Gigante do setor energético corta investimentos para focar em petróleo e gás

Considerada uma das gigantes do setor de investimentos em energia renovável, a BP decidiu mudar de estratégia. Ela agora quer reduzir os gatos com energia para focar no ramo de petróleo e gás. A decisão trata-se de um movimento estratégico da petroleira britânica, que anunciou cortes significativos nos investimentos em energia renovável e uma ênfase renovada em petróleo e gás.

Dessa forma, a decisão, impulsionada por demandas de acionistas e mudanças nas condições de mercado, reforça o foco na maximização da rentabilidade e no fortalecimento da posição dentro do setor de óleo e gás.

Segundo o site Financial Times, essa mudança foi formalmente anunciada em fevereiro de 2024, marcando um dos maiores recuos da BP em relação à sua meta climática estabelecida em 2020.

A reorientação dos investimentos para o petróleo e gás representa uma mudança significativa em relação aos planos anteriores de reduzir a produção de combustíveis fósseis. Inicialmente, a empresa pretendia diminuir a produção em 25% até 2030, buscando um modelo mais sustentável e alinhado com metas globais de descarbonização. No entanto, pressões do mercado financeiro e de investidores como o fundo ativista Elliott Management levaram a BP a revisar sua estratégia.

Segundo o site Reuters, essa revisão estratégica foi intensificada em 2023, quando acionistas começaram a exigir maior rentabilidade da empresa em detrimento de investimentos de longo prazo em energias renováveis.

Agora, os investimentos anuais em petróleo e gás aumentarão para US$ 10 bilhões, com o objetivo de expandir a produção para entre 2,3 e 2,5 milhões de barris por dia até 2030.

Por outro lado, os aportes em energias renováveis cairão para US$ 1,5 a US$ 2 bilhões por ano, representando uma redução de aproximadamente US$ 5 bilhões em relação às previsões anteriores.

O equilíbrio entre investimentos em energia renovável e a pressão por retornos financeiros imediatos se tornou um desafio. Além disso, acionistas e investidores institucionais exigem que empresas do setor priorizem a lucratividade.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *