Gás natural é a promessa de grandes investimentos no Estado do Rio
R$ 45 bilhões: esse é o valor estimado para a retomada da economia, através de projetos para o desenvolvimento da região
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), lançou no início desta semana, o estudo “Rio a todo gás”, que é um documento com propostas para destravar investimentos em gás natural e que podem alcançar até R$ 45 bilhões no estado fluminense.
O Rio é o maior produtor do energético e o gás natural assume fundamental importância como combustível estratégico na retomada econômica do país e do estado, principalmente no pós-pandemia.
Através de uma reunião online, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, juntamente com alguns deputados estaduais e federais, autoridades do governo estadual e representantes de órgãos federais, realizaram o lançamento do referido estudo.
O principal foco do “Rio a todo gás”, e de apresentar sugestões e também soluções para projetos que utilizem o gás natural, além de geração de energia elétrica, onde atualmente estão concentradas as principais ações para a expansão do uso do gás.
Conforme o documento da federação, há uma diversidade de investimentos que pode ter o gás natural como insumo propulsor de desenvolvimento. Além da siderurgia, tem a petroquímica, as usinas de fertilizantes, a expansão do GNV em veículos leves e pesados, assim como as indústrias de vidro, cerâmica e sal.
De acordo com o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, há 30 anos já se falava da necessidade de um marco legal para o gás. “Com o ‘Rio a todo gás’, sugerimos a adoção de algumas medidas urgentes no curtíssimo e no curto prazo. Nossa intenção é contribuir para sairmos de um ambiente de recessão e usar o gás para retomar e expandir a economia a partir do fortalecimento da indústria de energia, petroquímica e o GNV”, ressaltou Vieira.
Para o vice-presidente da federação, Luiz Césio Caetano e o coordenador do Núcleo de GNV da Firjan, Celso Mattos, é importante priorizar para as autoridades os principais pontos que tratam o documento.
Caetano destacou a necessidade de diversificar a participação de novos players no mercado de gás e alertou para o alto custo do insumo no país, onde a tarifa final para o consumidor industrial é 7,4 vezes maior do que o preço na boca do poço.
Ele lembrou também que 41% do produto reinjetado no poço, equivale a 100% do consumo industrial fluminense.
Na ocasião, o ministro Bento Albuquerque, afirmou que o trabalho para a abertura do mercado de gás vem de longa data e que é prioridade do governo federal a aprovação do Projeto de Lei 6407/2013, estabelecendo o marco regulatório do gás natural. “A abertura propicia novos investimentos em regiões como Norte e Nordeste, além do Rio de Janeiro que é a capital do petróleo e gás”, destacou.
O deputado estadual Luiz Paulo (PSDB), ressaltou a importância de utilizar o gás natural como forma de recuperar a economia fluminense, pois o produto é fonte de recursos com o pagamento de royalties e participações especiais.
Já o secretário de Fazenda do estado do Rio, Guilherme Mercês, destacou que o governo apoia a aprovação do marco legal do gás e trabalha na regulamentação do Repetro, considerado dois pilares necessários para alavancar o estado na pós-pandemia.
Além de dezenas de empresários e membros do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da federação, participaram da reunião virtual o diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Dirceu Amorelli, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, os deputados federais Christino Áureo e Laércio Oliveira, entre outras autoridades.