Economia

Exportação de gás natural em contratos de partilha bate recorde em abril, impulsionada por Búzios e Sépia

Gostou? Compartilhe essa matéria!

A exportação de gás natural sob o regime de partilha de produção atingiu um novo recorde em abril, com média de 6,36 milhões de metros cúbicos por dia. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (20) no Boletim Mensal da Produção, da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).

O volume representa um crescimento expressivo de 125,8% em comparação com março. Esse avanço foi impulsionado principalmente pela melhora na eficiência operacional do campo de Búzios, que apresentou aumento de cerca de 93% em sua produção exportada, além do retorno das operações no campo de Sépia, que havia passado por uma paralisação temporária no mês anterior devido a ajustes no sistema de escoamento.

O campo de Búzios manteve sua liderança como principal responsável pelas exportações de gás no modelo de partilha, respondendo por cerca de 80% do total exportado no mês — o equivalente a aproximadamente 5 milhões de metros cúbicos por dia.

A parcela de gás natural pertencente à União e destinada à exportação também teve crescimento, alcançando 134,75 mil metros cúbicos por dia — um aumento de 15,3% em relação a março. Dentre essa parcela, o campo de Búzios foi responsável por 53%, seguido por Sapinhoá, com 28%, e Sépia, com 19%.

O resultado reforça a crescente importância do pré-sal para o mercado internacional de gás natural e evidencia os ganhos operacionais dos principais campos sob o regime de partilha.

Desde 2017, a produção acumulada de gás natural em regime de partilha soma cerca de 3,7 bilhões de m³, sendo 236 milhões de m³ relativos à parcela da União.

A produção total de petróleo dos contratos de partilha, considerando consórcios e União, se manteve estável com 1,23 milhão de bpd, com Búzios e Mero na liderança da produção – 532,36 mil bpd e 455,83 mil bpd, respectivamente.

Já a parcela de óleo da União foi de 102 mil bpd, representando uma queda de 7,2% em relação ao mês anterior, reflexo de menor excedente em óleo no campo de Mero, que teve parada não programada no FPSO Duque de Caxias, e de Sépia, que passa pelo processo de recuperação de custos do earn-out.

O earn-out é um mecanismo contratual previsto nos leilões dos volumes excedentes da cessão onerosa que permite à empresa contratada recuperar, com parte da produção, diferenças de valores adicionais pagos à União, caso o valor do preço do Brent seja superior ao inicialmente estimado.

O campo de Mero segue como principal fonte de arrecadação da União, representando 86% da produção (88,57 mil bpd). Por fim, a parcela total de petróleo da União, considerando também a produção dos Acordos de Individualização de Tupi, Atapu e Mero, foi de 113 mil bpd em abril.


Gostou? Compartilhe essa matéria!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *