Estudo da Firjan mostra que RJ pode gerar mais de 180 mil empregos investindo na produção de gás natural
O presidente da Firjan ressaltou que a retomada dos investimentos no setor, são de grande importância no momento geopolítico atual
O estudo ‘Potencial do Gás Natural: Um Novo Ciclo para a Petroquímica no Rio de Janeiro’, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), verificou que o Estado do Rio de Janeiro deve concentrar investimentos na produção de gás natural, para aumentar a disponibilidade do combustível e acabar com a dependência de importação de produtos petroquímicos. As informações são do Diário do Porto.
De acordo com o levantamento, a aplicação de recursos no setor pode levar a produção fluminense aumentar em até 3 vezes a sua capacidade, além de beneficiar as empresas do ramo, que poderão gerar até 180 mil postos de trabalho, diretos e indiretos.
O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvea Vieira, ressaltou que a retomada dos investimentos no setor é de grande importância no momento geopolítico atual, especialmente diante das consequências da guerra da Ucrânia e do pós-pandemia.
“Já fomos autossuficientes em fertilizantes e petroquímica. Porém, ao longo dos anos, com preço dos insumos mais baixos no exterior, o Brasil e o Ocidente se voltaram para a Ásia. Agora, a pandemia e a guerra na Ucrânia mudaram essa percepção. Os preços estão mais caros e, claramente, percebemos que temos oportunidades por aqui”, afirmou o presidente da Firjan.
Eduardo Gouvea Vieira ressaltou ainda que o Estado do Rio detém uma série de vantagens estratégicas e logísticas para se tornar um player relevante no segmento de produção de gás natural.
“O Rio tem posição especial, o gás está na costa fluminense, tem infraestrutura de transporte interessante, com portos, para escoar esses produtos. Se o Rio se unir à malha ferroviária nacional, se torna ponto de exportação de grãos e pode levar ao campo os fertilizantes produzidos aqui”, esclareceu Gouvea Vieira.
Nesse sentido as conclusões do estudo da Firjan são enfáticas. A estimativa é que o Estado do Rio receba mais de 80 milhões de m³/dia através de novas rotas de escoamento de gás, ultrapassando a oferta atual de 20 milhões de m³/dia.