Economia

Contratos de partilha devem responder por 40% da produção nacional de petróleo até 2028

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A partir de 2028, os contratos de partilha devem alcançar uma produção aproximada de dois milhões de barris de petróleo por dia, volume que corresponderá a mais de 40% de toda a produção nacional. De acordo com as projeções, o pico produtivo deverá ocorrer em 2030, considerando os contratos atualmente vigentes.

Para viabilizar o desenvolvimento dos campos sob regime de partilha, estão previstos US$ 71 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos. O montante contempla a entrada em operação de sete FPSOs e a perfuração de 182 poços entre 2026 e 2030.

A Diretora Técnica da PPSA, Tabita Loureiro, explica que as projeções atualizadas indicam que a produção de petróleo da União atingirá seu auge em 2033, podendo chegar a 506 mil barris por dia.

No caso do gás natural, a parcela diária da União deverá crescer de 480 mil m³/dia, registrados em setembro de 2025, para 2,1 milhões de m³/dia em 2028. O pico está estimado para 2034, quando a produção pode alcançar 3,8 milhões de m³/dia.

“O estudo demonstra o excelente resultado dos contratos de partilha para a sociedade brasileira. Estamos falando de uma produção substancial e crescente. Em dez anos, a União terá um total de 1,4 bilhão de barris de óleo e 9 bilhões de m³ de gás natural a serem ofertados ao mercado. Isso nos proporcionará uma arrecadação potencial de aproximadamente R$ 518 bilhões, apenas com a comercialização dessas parcelas, até 2035”, afirmou.

O trabalho foi elaborado com base em três cenários, a partir de variações do preço do Brent – Pessimista, Referência e Otimista – e considera a produção de dez contratos de partilha comerciais, além dos Acordos de Individualização da Produção (AIPs) de Mero e Atapu – até fevereiro de 2027 – e dos AIPs de Jubarte e Tupi até 2035. No cenário Referência, a estimativa é de uma arrecadação total para os cofres públicos de até R$ 1,2 trilhão em dez anos, considerando os resultados da comercialização, o pagamento de royalties e de tributos. As projeções fazem parte do estudo “Estimativas de resultados nos contratos de partilha e nos acordos de individualização com participação da União para o período 2026-2035”, apresentado nesta terça-feira durante o Fórum Técnico PPSA, no Rio de Janeiro.

 

A PPSA também apresentou o acompanhamento que vem realizando sobre a intensidade de emissões associada à produção de um barril de óleo equivalente nos contratos de partilha e no AIP de Tupi. O indicador atual é de 8,41 kgCO₂e/boe, enquanto a média da OGCI está em torno de 17 kgCO₂e/boe, demonstrando a performance sustentável dos ativos do pré-sal.


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