Consumo de carne bovina volta a crescer em 2023, após cinco anos de queda
Segundo projeção da Conab, a disponibilidade per capita da proteína vai passar de 26 para 29 quilos por habitante no ano
Com o crescimento da população, o consumo de carne bovina pelos brasileiros vai aumentar em 2023, após cinco anos de queda. De acordo com a projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a disponibilidade per capita da proteína vai passar de 26 para 29 quilos por habitante ao ano, uma alta de 11,6%.
Somados os três principais tipos de proteína animal consumidos pelos brasileiros, a bovina, a suína e a de frango, esse número atingirá 96 quilos por habitante ao ano, o segundo maior índice já registrado, inferior apenas ao de 2013.
Nos últimos anos, o consumo de carne bovina despencou no país. Em 2018, cada brasileiro comeu, em média, 34 quilos de carne. No ano seguinte, o consumo médio foi de pouco mais de 30 quilos. Em 2020 e 2021, ficou estabilizado em 27 quilos. E, no ano passado, recuou a 26 quilos por habitante no ano
Entre os motivos para a alta do consumo em 2023 está a maior oferta de carnes no mercado interno, que deverá apresentar recuperação neste ano e pode atingir o maior nível na série histórica.
“Com a maior produção, a disponibilidade per capita também cresce. O incremento no indicador ocorre mesmo com o crescimento da população brasileira”, afirma a Conab em nota.
A quantidade do produto no mercado doméstico, considerando carne bovina, suína e de frango, está projetada em 20,77 milhões de toneladas, um aumento de 5% quando comparado ao volume estimado em 2022.
“Esse cenário contribui para uma tentativa de queda nos preços, o que já começa a ser percebido no mercado, como mostra a pesquisa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), divulgada em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, afirma o presidente da Companhia, Edegar Pretto.