Comércio varejista fluminense cresce 8,5% em maio
O aumento também teve reflexo no comércio nacional
O volume de vendas do comércio varejista do estado do Rio de Janeiro, apurado pela Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu 8,5% frente a abril na série livre de efeitos sazonais.
O aumento foi registrado depois de duas quedas mensais sucessivas, sendo de 5,1% em março e de 15,4% no mês de abril, esta última foi a maior já registrada na série.
O resultado positivo já era esperado, já que houve durante o mês de maio o relaxamento do isolamento social em alguns municípios do estado do Rio de Janeiro.
O comércio varejista ampliado, que adiciona ao comércio restrito a venda de material de construção e veículos, registrou crescimento em maio igual a 13,9%, também depois de duas fortes quedas mensais, sendo as duas maiores da série, com índice de 14,4% em março e 19,1% em abril.
Já no comércio nacional, o volume vendido pelos varejistas, também teve um aumento de quase 14%, depois de ter registrado quedas expressivas em março e abril, sendo 2,8% e 16,3%, respectivamente.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o índice alcançou valor 7,2% inferior. O volume vendido pelo setor de vestuário e calçado, por exemplo, registrou a maior queda dentre as atividades entre fevereiro e abril, chegando ao índice de 82,1%, apresentando em maio, um aumento igual a 100,6%. Entre fevereiro e maio, a perda a perda do setor é igual a 76,3%.
A gradual abertura da economia fluminense e também brasileira, deverá contribuir para vermos no mês de junho, o resultado positivo se repetir. Em particular, é razoável imaginar que o resultado de junho para o estado, será tão positivo quanto o resultado observado em maio, uma vez que deverá vir fortemente influenciado pelo resultado da cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Resende e Itatiaia, Alberto Halpern, mesmo o varejo tendo um aumento considerável de 13,9%, para a visão do Sicomércio de Resende, o índice ainda é insuficiente para o setor recuperar as perdas de março e abril, devido à pandemia da Covid-19.
“Um dos fatores que explica essa evolução a partir de maio, foi o aumento das vendas via delivery, devido ao fechamento das lojas físicas. Diante desse cenário ainda de incertezas, os empresários acreditam que o aumento nas vendas ainda deverá acontecer lentamente, devido a abertura dos estabelecimentos comerciais, acontecer de forma gradual”, pontuou.
A Fecomércio divulgou também que o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC), apresentou uma ligeira queda, mas a recuperação dessa confiança dos empresários do setor varejista, assim como a confiança do consumidor, é fundamental para que o afrouxamento monetário. Tal medida que foi adotada desde o início da crise, se transforme de fato em aumento da demanda agregada.