Editorial

Brasil retoma consumo de energia pré-pandemia antes de outros países

O consumo de energia, importante sinal da atividade econômica, já retomou níveis próximos aos verificados antes da pandemia no Brasil, em recuperação mais rápida que em outros países duramente atingidos pelo novo coronavírus, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), divulgado nesta sexta-feira (11).

Em agosto, a demanda por eletricidade no maior país da América Latina, recuou apenas 0,3% se comparada ao mesmo período de 2019, com o melhor desempenho atribuído principalmente ao gradual relaxamento de medidas de isolamento decretadas por prefeituras e governos para conter a disseminação da doença.

Em alguns países europeus que optaram por medidas ainda mais rigorosas de quarentena, os chamados “lockdows”, a retração do consumo de energia em base anual variou de 1% a 3% no mês passado, segundo números compilados pelo CCEE.

Na Itália, primeiro país onde o vírus chegou com força após a China, em fevereiro, o uso de eletricidade em agosto seguia 3% inferior aos níveis do ano passado.

Na Espanha e no Reino Unido, que também foram bastante afetados pela doença, a retração na comparação anual em agosto foi de 2%, enquanto na França o consumo segue 1% atrás do nível de 2019, de acordo com a CCEE.

Apesar dos números mais favoráveis no setor elétrico, o Brasil segue sob impactos ainda bem mais fortes da pandemia que os europeus.

O presidente do conselho da CCEE, Rui Altieri, destacou que os dados sobre o consumo de energia não descontam outros fatores que podem afetar a demanda, como temperatura, mas disse que o desempenho no Brasil tem dados claros de retomada.

“O que nós temos é sinalização desde julho de normalização. Alguns setores, como serviços, transportes e comércio ainda estão com retração, mas menor que no auge da pandemia, então há uma recuperação. Todos segmentos têm recuperação”, disse ele, em coletiva de imprensa online.

E completou dizendo. “Nossa expectativa é que a partir de setembro e outubro, todos setores fiquem no mesmo patamar ou acima do ano passado e destaco que as melhores marcas neste ano também devem originar em maior uso de energia”.

O consumo de eletricidade no Brasil chegou a desabar 12% em abril, primeiro mês inteiramente sob efeito das quarentenas contra o novo coronavírus.

Desde então, houve melhora gradual, com volta a níveis bem próximos dos vistos em 2019 em julho e agosto, segundo dados prévios da CCEE.

Esio Bellido

Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, pelo Centro Universitário Fluminense - UNIFLU/FAFIC - Campos dos Goytacazes-RJ - Formado em 22/12/2005. Pós-graduado em 'Especialização em Assessoria e Gestão da Comunicação', pela Universidade Anhambi Morumbi-SP - 2021/2022. Registro Profissional de Jornalista nº 0036792/RJ – MTb - Emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego de Campos dos Goytacazes-RJ, em 17/07/2015. Acadêmico em Direito (2º período).

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