Economia

Brasil aumentou suas reservas de Petróleo, diz ANP

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou que o Brasil aumentou suas reservas de Petróleo no ano passado. Segunda ela, o crescimento registrado foi de 6,98% nas reservas provadas, com um índice de reposição recorde. A ressalva é que mesmo com o crescimento, o país ainda não chegou ao mesmo patamar de outros países quando o assunto são as reservas.

No cenário global do petróleo, o Brasil marca sua presença com um aumento significativo em suas reservas, revelado pelo Boletim Anual de Recursos e Reservas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) referente ao ano de 2023.

Esse relatório destaca não apenas um crescimento nas reservas provadas de petróleo, mas também oferece insights sobre o panorama energético nacional e seu papel no mercado internacional.

Segundo os dados divulgados pela ANP, as reservas provadas de petróleo apresentaram um aumento de 6,98% em comparação ao ano anterior, totalizando 15,894 bilhões de barris.

Esse crescimento é acompanhado por um aumento de 3,81% no volume relativo ao somatório das reservas provadas e prováveis, alcançando 22,779 bilhões de barris. E de 2,26% no somatório das provadas, prováveis e possíveis, atingindo 27,531 bilhões de barris.

Isso equivale a cerca de 2,278 bilhões de barris em novas reservas, um indicador positivo para a indústria petrolífera brasileira.

Cenário Internacional: Comparando as reservas de Petróleo do Brasil com outros países

Segundo explicação do geólogo e professor Jorge Picanço Figueiredo, do Instituto de Geociências e de Engenharia do Petróleo da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), embora o Brasil não figure entre os líderes globais em reservas provadas, sua posição ainda é relevante.

Comparativamente, países como os Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Iraque, Irã e Venezuela possuem volumes superiores de reservas.

Apesar do crescimento, a posição do Brasil em reservas provadas não é tão significativa quanto a de outros países. Vejamos alguns números:

 

Estados Unidos: 68,8 bilhões;

Rússia: 107,8 bilhões;

Arábia Saudita: 297 bilhões;

Iraque: 145 bilhões;

Irã: 157 bilhões;

Venezuela: 303 bilhões.

Figueiredo ressalta também a qualidade do petróleo brasileiro e a alta produção do país, que chega a 3,5 milhões de barris por dia. Dessa produção, cerca de 1 milhão de barris diários são exportados, contribuindo significativamente para o mercado internacional.

No entanto, o consumo nacional está em torno de 2,5 milhões de barris por dia, evidenciando um excedente considerável. Além disso, o professor enfatiza o papel contínuo do petróleo como principal matriz energética global, prevendo que essa tendência perdurará por pelo menos mais meio século.

O mundo consome atualmente 105 milhões de barris de petróleo por dia, dos quais o Brasil contribui com 3,4%.

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