Aumenta a compra de carros usados pela facilidade de financiamentos
O brasileiro resolveu voltar a comprar carros e o principal alvo são os veículos usados. Segundo dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), as vendas de automóveis seminovos e usados este ano já superaram em 2,4% aquelas registradas nos dois primeiros meses do ano passado.
Somente em fevereiro, foram 13% a mais de negócios fechados em comparação com o mesmo período de 2020.
A opção por veículos seminovos e usados também é explicada pela falta de carros zero no mercado. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção caiu 31,6% em 2020.
De acordo com uma revista especializada, apesar do preço dos carros não estarem muito atrativos, as condições de financiamento estão. Os bancos vêm facilitando o crédito, os juros estão mais baixos e é possível financiar até 100% do veículo.
Com isso, a concessão de crédito cresceu 13% nos primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. E deve continuar crescendo.
Os veículos mais velhos são os que tiveram maior crescimento na procura. Aqueles com 13 anos de uso ou mais tiveram alta de 34,8% nas vendas. Os “maduros”, com 9 a 12 anos de uso, 27,7% de aumento.
As vendas dos seminovos, com zero a três anos de uso, subiram 9%. A única variação negativa foi na taxa dos usados jovens.
Na pandemia, plataformas de compra de veículos novos e usados cresceram como opção para quem quer buscar produtos e fechar negócio sem sair de casa. A plataforma ‘Webmotors’, portal de negócios automotivos do Santander, criou inclusive o carro delivery, para entregar o veículo.
É mais uma opção para a demanda por compra. Segundo uma pesquisa da plataforma, com 2.103 pessoas, 95% queriam trocar de carro este ano. O principal motivo é porque o carro está mais velho (37%), seguido pelo costume de trocar de carro (35%), crescimento da família (18%), para evitar o Covid-19 (8%) e para trabalhar com táxi ou aplicativos de corrida (6%).
Ainda segundo a pesquisa, como forma de pagamento, 64% afirmaram que financiariam 100% do carro e 4% adquiririam por meio de um consórcio. Já dos que não tinham carro, 90% queriam comprar em 2021.