Prio investe US$ 1,92 bilhão e assume 40% de campo offshore gigante no Brasil
Em um movimento estratégico que reforça a posição da PRIO no setor de petróleo e gás, a empresa brasileira acaba de concluir a aquisição de 40% de participação em um campo offshore gigante do Brasil. A transação, que totaliza US$ 1,92 bilhão, ocorreu após a saída de duas empresas da China que detinham fatias não operadas no campo costeiro localizado na região da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.
A PRIO, anteriormente conhecida como PetroRio, anunciou o cumprimento de todas as condições necessárias para selar o acordo e integrar-se ao consórcio comandado pela Equinor, responsável pela operação do campo offshore gigante do Brasil. Ao adquirir as participações que pertenciam às empresas da China – a SPEP Energy Hong Kong e a Sinochem International Oil –, a PRIO assume agora uma porção relevante de um dos maiores ativos da Equinor fora da Noruega.
O pacote de US$ 1,92 bilhão inclui um pagamento inicial de US$ 191,5 milhões, além de US$ 1,72 bilhão no fechamento, acrescidos de ajustes habituais de preço. A expectativa da companhia brasileira é que essa negociação impulsione significativamente seu nível de produção, elevando-a em cerca de 35.000 barris por dia.
Além disso, a otimização da logística para comercialização do óleo, permitindo combinar retiradas do campo offshore gigante do Brasil com cargas oriundas de outros campos operados pela PRIO, promete gerar sinergias e ganhos de eficiência.
Segundo certificação da DeGolyer and MacNaughton (D&M), o volume econômico recuperável (1P+1C) no campo offshore gigante do Brasil beira 338 milhões de barris, com um volume líquido de 135 milhões de barris destinado à PRIO. Com a nova composição acionária, espera-se que a vida útil do ativo se estenda além de 2037, fortalecendo a presença brasileira num cenário antes marcado pelo envolvimento de empresas da China.
Campo foi descoberto em 1994
O campo, descoberto em 1994, produziu seu primeiro óleo em 2011 e localiza-se a cerca de 85 quilômetros da costa do Rio de Janeiro. A infraestrutura, composta pelo FPSO Peregrino e plataformas fixas A, B e C, recebeu investimentos constantes, incluindo a instalação da plataforma Peregrino C e a perfuração de novos poços. Recentemente, o campo também avançou em projetos de importação de gás, conectando-se por meio do gasoduto Rota 2 da Petrobras.
Com a nova aquisição concluída e a saída das empresas da China, a PRIO reforça sua presença no campo offshore gigante do Brasil, fortalecendo ainda mais a indústria de petróleo e gás no país, ao mesmo tempo em que consolida seu espaço como um player de peso no cenário energético internacional.