Oportunidades

Abertura de empresas cresce 6% em julho apesar da pandemia

O número de novas empresas abertas em julho superou o do mesmo período de 2019, no Estado do São Paulo. Considerando Microempreendedores Individuais (MEI), matrizes e filiais, a Junta Comercial registrou a abertura de 21.788 novos empreendimentos, um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado, que teve 20.187, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta segunda-feira (31).

Já as empresas fechadas foram 11.015, resultando um saldo positivo de 10.773 novas empresas instaladas em julho deste ano, também maior que o registrado no mesmo período de 2019, de 10.175, com 10.012 encerramentos.

No Brasil, houve uma recuperação em relação aos meses de abril e maio, auge do isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus e o saldo positivo ficou em 168 mil empresas abertas em julho.

Segundo o painel Mapa de Empresas, do Ministério da Economia, foram 250.308 abertas contra 81.816 fechamentos.

Para o economista e professor dos MBAs da FGV, Mauro Rochlin, é surpreendente diante de uma pandemia com uma crise econômica dessa magnitude que tenha pessoas abrindo empresas. “O momento atual levou mais pessoas a buscar alguma forma de renda através de novos empreendimentos”, avaliou.

Outra possibilidade seria a busca pela formalização como alternativa para perda de renda. O trabalhador informal, por exemplo, não tem acesso à maquininha de cartão de crédito. “Eu vejo que isso é um fator fundamental para viabilizar os negócios. Com um mínimo de formalização, as pessoas têm uma alternativa para gerar renda ou obter crédito. O impacto do auxílio emergencial na economia também pode ser uma das explicações”, completou.

O benefício, criado para a população de baixa renda e trabalhadores informais enfrentar a crise provocada pela covid-19, já atingiu 67,2 milhões de pessoas, com um total de R$ 183 bilhões pagos desde abril.

“Algumas atividades tiveram aumento de demanda, como material de construção no varejo.  O auxílio pode justificar demanda maior para alguns produtos e também para algum tipo de iniciativa que envolveria abertura de empresas”, concluiu o economista.

No boletim do Mapa das Empresas sobre o primeiro quadrimestre de 2020, foram abertas 1.038.030 no país, o que representa um aumento de 1,2% em relação ao último quadrimestre de 2019 e queda de 1,1% quando comparado com o primeiro quadrimestre de 2019.

O Estado do Rio de Janeiro possui 1,7 milhões de empresas, das quais 101 mil foram abertas já no período da pandemia, segundo o boletim do Mapa de Empresas, do Ministério da Economia (MEME).

Dentre as atividades econômicas mais exploradas no primeiro quadrimestre de 2020, ainda segundo o boletim do MEME, estão: Cabeleireiros, manicure e pedicure, com 55.984 empresas abertas, com crescimento de 9,1% em relação ao 3º quadrimestre de 2019, sendo 825.026 empresas ativas;

Comércio varejistas de artigos do vestuário e acessórios, com 51.064 empresas abertas, sendo 1.101.983 empresas ativas; Promoção de vendas, com 43.275 empresas abertas, com crescimento de 13,5% em relação ao 1º quadrimestre de 2019 e 364.780 empresas ativas; Obras de alvenaria, com 36.796 empresas abertas, com crescimento de 8,2% em relação ao 3º quadrimestre de 2019 e 479.477 empresas ativas; Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar, com 32.012 empresas abertas, com crescimento de 23,8% em relação ao 3º quadrimestre de 2019 e crescimento de 37,8% em relação ao 1º quadrimestre de 2019 e 273.227 empresas ativas; Restaurantes e similares, com 27.937 empresas abertas, com crescimento de 23,1% em relação ao 3º quadrimestre de 2019, crescimento de 40,0% em relação ao 1º quadrimestre de 2019 e 352.181 empresas ativas; Outras atividades auxiliares dos transportes terrestres, com 26.921 empresas abertas, crescimento de 5,4% em relação ao 3º quadrimestre de 2019, crescimento de 1.907,5% em relação ao 1º quadrimestre de 2019 e 66.701 empresas ativas; Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares, com 24.511 empresas abertas, com 473.952 empresas ativas; Preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo, com 23.151 empresas abertas, crescimento de 8,2% em relação ao 3º quadrimestre de 2019, crescimento de 7,6% em relação ao 1º quadrimestre de 2019 e 190.614 empresas ativas; Serviços domésticos, com 20.192 empresas abertas, crescimento de 20,8% em relação ao 3º quadrimestre de 2019, crescimento de 13,6% em relação ao 1º quadrimestre de 2019 e com 149.167 empresas ativas.

Esio Bellido

Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, pelo Centro Universitário Fluminense - UNIFLU/FAFIC - Campos dos Goytacazes-RJ - Formado em 22/12/2005. Pós-graduado em 'Especialização em Assessoria e Gestão da Comunicação', pela Universidade Anhambi Morumbi-SP - 2021/2022. Registro Profissional de Jornalista nº 0036792/RJ – MTb - Emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego de Campos dos Goytacazes-RJ, em 17/07/2015. Acadêmico em Direito (2º período).

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