Confiança empresarial sobe 7 pontos em agosto ante julho
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 7 pontos em agosto ante julho, para 94,5 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta segunda-feira (31).
Em quatro meses consecutivos de altas, o índice recuperou 96% das perdas registradas nos meses de março e abril, decorrentes da pandemia no novo coronavírus.
Segundo o superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Aloisio Campelo Júnior, a confiança empresarial subiu de forma expressiva em agosto, dando sequência à tendência de recuperação iniciada em maio.
“Isso se deve a influência da melhora da percepção dos empresários em relação à situação presente dos negócios. Em termos setoriais, os destaques são da Indústria e o Comércio, cujos níveis de confiança já estão próximos aos do período anterior à pandemia. Na construção principalmente, no setor de serviços, a retomada do otimismo é semelhante à dos outros setores, mas a percepção sobre a situação atual continua bastante desfavorável, o que vem contendo uma alta mais expressiva da confiança”, avaliou.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
Em agosto, pela primeira vez desde a crise sanitária, a melhora da confiança foi mais influenciada pela evolução da percepção dos empresários sobre o momento presente do que em relação ao futuro.
O Índice de Situação Atual (ISA-E) subiu 8,9 pontos, para 88,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-E) avançou 6,3 pontos, para 96,1 pontos.
O componente da demanda para os próximos três meses aumentou 5,5 pontos em agosto, recuperando até então 91% das perdas de março e abril, enquanto o de Emprego Previsto para três meses subiu 6,3 pontos, resgatando 89% do que foi perdido. Já o item Tendência dos Negócios no horizonte de seis meses, cresceu 8,2 pontos, uma recuperação de 79% das perdas de março e abril.
Houve melhora na confiança em 92% dos 49 segmentos pesquisados em agosto. A indústria e os Serviços mantiveram a disseminação de alta já vista no mês anterior, com 95% e 92% dos subsetores com avanços, respectivamente. A Construção teve alta na confiança em 82% dos subsetores, enquanto o Comércio teve elevação em 100% dos seus segmentos.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.050 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 25 de agosto.