Macaé

Bacia de Campos pode receber investimentos de R$ 145 bilhões

A Bacia de Campos sempre gerou muita expectativa e agora em 2024 isso não é diferente. Por conta do potencial de revitalização dos poços maduros e o desenvolvimento de novos projetos de exploração, existe a expectativa que a BC possa receber um investimento de R$ 145 bilhões durante os próximos cinco anos. A informação foi levantada durante a realização do Macaé Energy 2024.

No painel “Produção Offshore Novos Caminhos” realizado no primeiro dia do Macaé Energy, a capacidade de Macaé concentrar as principais operações do mercado offshore nacional foi destacada como oportunidade para as novas empresas que mapeiam negócios na cidade.

“Em Macaé se encontra o passado e o futuro do mercado offshore, seja para as operações do petróleo, seja para a transformação do gás em energia. A proposta deste evento é integrar ideias, estratégias e projetos que buscam o mesmo objetivo: aproveitar oportunidades para gerar desenvolvimento com responsabilidade e sustentabilidade”, afirmou o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Vianna, moderador do painel.

A rediscussão da estratégia de extensão da vida útil de reservas de petróleo em atividade, através do fortalecimento do Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos (Promar), além das oportunidades de negócios criadas a partir do descomissionamento de plataformas, também foi apresentado como estratégias a serem alcançadas para as empresas que atuam na cadeia de serviços offshore em Macaé.

De acordo com Antônio Rocha, Coordenador de Óleo da Secretaria Estadual de Energia e Economia do Mar, 26 plataformas situadas no Estado do Rio de Janeiro seguirão o processo de desmontagem até 2030, com cerca de 72% dos investimentos de R$ 25 bilhões concentrados na Bacia de Campos.

“Macaé sustenta a referência do Estado do Rio de Janeiro como o maior produtor de petróleo e gás do país, concentrando 85% de óleo bruto e 73% do gás natural extraído no Brasil. A cidade segue estratégica como referência para todas as etapas e oportunidades do mercado do petróleo nacional”, afirmou Antônio.

Essas oportunidades também foram reforçadas por empresas que atendem as demandas dos projetos desenhados pelas grandes operadoras offshore, conforme destacado por Aloysio Mello, diretor da Ocyan.

“Fortalecemos as operações da Ocyan em nossas áreas de atuação, como a produção offshore, com operação de unidades FPSO, construção submarina que desenvolve projetos de “wind offshore” e o segmento de serviços, com polo de operação em Macaé atendendo demandas da Bacia de Campos”, destacou.

 

Relevância da Bacia de Campos

A relevância do mercado offshore brasileiro para a sustentação da atual matriz energética global, o petróleo, também foi destacada durante o painel.

Após seguir anos de declínio de produção, a Bacia de Campos sustentou a superação da curva de extração de óleo bruto alcançada pelo Brasil em 2023, ano em que o país alcançou a marca de 3,4 milhões de barris de petróleo extraídos diariamente.

Durante a apresentação sobre o atual cenário do petróleo no Brasil, Tabita Loureiro, presidente interina e diretora técnica da Pré-Sal Petróleo (PPSA), destacou que a Bacia de Campos possui projeção de R$ 145 bilhões em investimentos para os próximos cinco anos.

“Precisamos abrir novas fronteiras do Brasil. A Bacia de Campos possui o maior potencial de aproveitamento do fator de recuperação das reservas em operação. Os desafios são grandes, mas este evento nos ajuda a compartilhar a visão otimista sobre o mercado”, destacou Tabita.

Segundo a presidente da PPSA, o Brasil é o segundo maior produtor de petróleo do mundo, gerando cerca de 3,4 milhões de barris por dia.

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