Levantamento da Firjan aponta aumento da produção na Bacia de Campos
A Firjan divulgou recentemente um levantamento que aponta que a produção na Bacia de Campos subiu 17%. Os dados foram divulgados por meio do “Numeros do Petróleo 2024 – Visão Rio”, apresentado na OTC Houston, nos Estados Unidos, considerada uma das maiores conferências do mundo. A revitalização da Bacia de Campos é apontada como uma das principais causas deste crescimento.
O levantamento aponta ainda perspectivas positivas, diante de quatro novos campos que serão explorados nos próximos anos e da descoberta de indícios de possíveis novos campos produtores.
“A Firjan se dedicou durante anos ao processo de revitalização da Bacia de Campos, e é com satisfação que recebemos os primeiros resultados, que por sinal, já vinham sendo refletidos na geração de empregos. Um trabalho contínuo, como este dos Estados Unidos, onde destacamos todo o potencial da região para novos negócios. Temos uma expertise única que poderá contribuir também para viabilizar projetos de transição e integração energética, que são igualmente fruto da atenção da federação, ao lado das necessárias e urgentes melhorias em infraestrutura que a região necessita”, disse o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.
Dentre os diversos fatores que contribuíram para o sucesso alcançado neste processo de revitalização, destacam-se a expansão das atividades e a maior diversidade de produtores. Além disso, duas novas plataformas entraram em produção na porção fluminense da bacia em 2023: a FPSO Ana Nery e a FPSO Anita Garibaldi, ambas no campo de Marlim, a cerca de 110 km do Farol de São Thomé.
Iniciativas governamentais como o Promar (Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos), que contou com participação ativa da indústria, incluindo a Firjan, também foram fundamentais para a viabilização de maiores volumes em campos considerados maduros. Com isso, o Estado do Rio deteve 80% dos volumes produzidos na Bacia de Campos em 2023, o que reforça a relevância do Rio mesmo em uma região com longo histórico de produção.
Perspectivas positivas – No ano passado, foram formalizados, junto à ANP, quatro novos campos que deverão iniciar a produção nos próximos anos. Além disso, a perfuração de poços exploratórios na região encontrou quatro indícios de hidrocarbonetos, que podem indicar novos campos produtores no futuro. O resultado, contudo, ainda depende de estudos complementares que vão avaliar o potencial dos reservatórios e a viabilidade econômica da exploração.
Mesmo após perder protagonismo para a Bacia de Santos, cuja produção no pré-sal alavancou os patamares atuais do país, o aumento da produção na Bacia de Campos contribuiu para os valores alcançados em termos de arrecadação de royalties e participações especiais no país, cerca de R$ 93 bilhões em 2023, sendo este o segundo maior da série histórica. Dada sua representatividade na produção e o consequente impacto das atividades petrolíferas nas regiões afetadas, o estado e os municípios receberam cerca de R$ 42 bilhões do montante total.
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