Conselho do FGTS aprova distribuir R$ 7,5 bilhões a trabalhadores
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aprovou nesta terça-feira (11) a distribuição de R$ 7,5 bilhões entre os trabalhadores cotistas, referentes ao resultado do ano passado do fundo.
O valor será repartido de forma proporcional aos saldos de cada conta do FGTS e o depósito ocorrerá até o dia 31 de agosto.
O resultado global do FGTS em 2019 foi superavitário em R$ 11,324 bilhões. Com a repartição de R$ 7,5 bilhões com os trabalhadores e o acréscimo de juros e atualizações monetárias, a rentabilidade de 2019 chegou a 4,90% para as contas no ano passado. Ainda assim, essa rentabilidade foi inferior à de anos anteriores, ficando em 6,18% em 2018, 5,59% em 2017 e 7,14% em 2016.
Este porcentual superou a inflação de 4,31% de 2019. Além disso, a rentabilidade do FGTS foi superior à registrada pelo dólar ante o real, ficando a 4,02% e pela caderneta de poupança que foi de 4,26%, conforme os dados da Economática.
O ganho do FGTS em 2019, no entanto, foi inferior ao registrado pelo Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que foi de 5,96%, pelas ações ordinárias da Vale, que ficou em 7,28%, pelo ouro em 28,10%, pelo Ibovespa em 31,58% e pelas ações preferenciais da Petrobras, que registraram 37,48%, que são investimentos considerados de maior risco e por isso, também sujeitos a retornos maiores.
De acordo com o Conselho Curador, essa rentabilidade total é superior a aplicações com risco e tributação semelhantes, a caderneta de poupança, por exemplo e super a rentabilidade da inflação medida pelo IPCA no ano passado, proporcionando um ganho real aos saldos, em cumprimento ao objetivo estratégico do Fundo de preservar o poder de compra dos recursos dos trabalhadores sob o FGTS.