Setor de Serviços cresce 10,9% em 2021 e supera perdas da pandemia
Resultado de 2021 é a maior taxa anual de fechamento em toda a série história do levantamento, iniciada em 2012
O volume dos serviços prestados no Brasil em 2021 registrou um crescimento de 10,9%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado superou as expectativas do mercado e indica que o setor de serviços se recuperou depois do tombo de 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, quando o recuo foi de 7,8%.
O resultado de 2021 é a melhor taxa anual de fechamento em toda a série histórica do levantamento, iniciada em 2012.
Em dezembro do ano passado, os serviços também tiveram alta: 1,4%, na comparação com novembro do mesmo ano.
De acordo com o IBGE, o setor “ampliou o distanciamento com relação ao nível pré-pandemia, situando-se 6,6% acima do nível de fevereiro de 2020, e alcançou seu maior patamar desde agosto de 2015”.
A mediana das projeções da Refinitiv apontava uma alta 0,9% na base de comparação mensal e de 9,1% na anual.
O setor de serviços também foi o que mais abriu vagas com carteira assinada no ano passado.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a variação positiva acumulada do setor de serviços entre 2012 e 2019 foi de apenas 0,1% e, somente entre 2020 e 2021, alcançou 2,2%. Ou seja, boa parte do crescimento acumulado dos últimos dez anos (2,3%) se deve ao desempenho do ano passado.
“Nos primeiros meses de 2020, o setor de serviços foi duramente afetado em função da necessidade de isolamento social e do fechamento dos estabelecimentos que prestavam serviços de caráter presencial”, afirma Lobo.
E completou dizendo, “Por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades de negócios para serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação, transporte de cargas, armazenagem, logística de transporte e serviços financeiros auxiliares, que tiveram ganhos mais expressivos e compensaram as perdas dos serviços de caráter presencial”.