Petrobras informa início da produção da P-78 em Angra dos Reis
O navio plataforma da gigante do petróleo brasileiro Petrobras, irá operar no módulo 6 de Búzios, o maior ativo em águas profundas do mundo
Boas notícias para a construção naval brasileira. A gigante do petróleo brasileiro Petrobras informou esta semana, em fato relevante ao mercado, o início da fabricação no Brasil dos módulos de produção da plataforma P-78, no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis – RJ.
De acordo com o anúncio da estatal, os módulos são unidades responsáveis pelo processamento de óleo, gás e água e compõem, junto com o casco, as utilidades e o flare, toda a estrutura de uma plataforma flutuante desse tipo.
Essa etapa da obra prevê a fabricação simultânea de dez módulos, dos 21 previstos para a P-78, e deve ser concluída em cerca de 20 meses.
A construção dos demais módulos, do casco e a integração serão realizados na China, Coreia do Sul e Cingapura. A obra será concluída atendendo ao índice de conteúdo local previsto para o campo de Búzios, na Bacia de Santos, onde a plataforma será instalada.
A expectativa é que a plataforma seja entregue em 2024, com início da produção em 2025.
“A P-78 é a primeira da nova geração de FPSOs da Petrobras, fruto de mais de dez anos de aprendizado nos ciclos de projeto, construção, partida e operação de plataformas de produção no pré-sal. A unidade incorpora as melhores soluções técnicas e de gestão de engenharia identificadas por meio do programa corporativo Projeto Referência, que culminou com a definição de um modelo de unidade de produção a ser utilizada no pré-sal. Para o FPSO de referência, focamos em maximizar o valor econômico dos projetos de desenvolvimento de produção, enquanto incorporamos novas tecnologias de baixo carbono, maior eficiência e compatibilizamos os sistemas à magnitude e complexidade dos poços do campo Búzios”, afirmou o diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras, João Henrique Rittershaussen.
Com capacidade de processamento diário de 180 mil barris de óleo e de 7,2 milhões de m³ de gás, a P-78 incorpora soluções que abrangem a ampliação da eficiência energética, novas tecnologias de separação e reinjeção de CO2, redução da queima de rotina, entre outras.
O projeto prevê, ainda, a interligação de 13 poços ao FPSO, sendo 6 produtores e 7 injetores, por meio de uma infraestrutura submarina composta por dutos rígidos de produção e de injeção e dutos flexíveis de serviço.
O campo de Búzios é um ativo de classe mundial, com reservas substanciais, baixo risco e baixo custo de extração. Deve chegar ao final da década com a produção diária acima de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia, tornando-se o ativo da Petrobras com maior produção.
Atualmente, há quatro unidades em operação em Búzios, que respondem por mais de 30% da produção total da Petrobras. A quinta e sexta plataformas previstas para o campo (FPSOs Almirante Barroso e Almirante Tamandaré) estão em construção.
Os módulos da oitava unidade (FPSO P-79) começarão a ser fabricados ainda em 2021, enquanto a nona unidade (FPSO P-80) se encontra em processo de contratação.