Produção brasileira de aço cresceu 11% em janeiro
A produção brasileira de aço cresceu 11% em janeiro, em comparação a janeiro do ano passado, constituindo a maior expansão desde janeiro de 2019.
Na mesma relação, as vendas internas evoluíram 26% e o consumo aparente teve alta de 25%, maior percentual desde março de 2015. Os números foram apresentados nesta segunda-feira (22) pelo presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.
Para este ano, o instituto projeta aumento da produção de aço bruto de 6,7%, com 33,04 milhões de toneladas. São esperados aumentos também nas vendas internas (5,3%, com 20,2 milhões de toneladas), exportações (9%, 11,7 milhões de toneladas, importações (9,8%, 2,2 milhões de toneladas) e consumo aparente (5,8%, 22,4 milhões de toneladas).
A utilização da capacidade instalada, que em janeiro deste ano atingiu 70,1%, superando a média dos últimos cinco anos, foi considerada ‘extremamente importante’ pelo presidente executivo do Instituto Aço Brasil.
Ele advertiu, no entanto, que para que o setor se torne competitivo, é imprescindível que a utilização da capacidade evolua para níveis mais próximos da média histórica, entre 80% e 85%.
Para que essas previsões positivas sejam alcançadas, Lopes elenca algumas prioridades para o setor siderúrgico nacional. A primeira é a vacinação em massa da população, com aceleração do prazo, com o seguimento de medidas de apoio aos desassistidos. A retomada da economia com ajuste fiscal, as reformas tributárias e administrativas e a recuperação da competitividade sistêmica com redução do custo Brasil.
“Não são premissas só da indústria do aço. Elas valem para a indústria de transformação como um todo”, disse Lopes.
Com a flexibilização das medidas de isolamento social, a partir de maio de 2020, a concessão do auxílio emergencial pelo governo e a retomada de setores da economia, a produção de veículos subiu 1.308% entre maio e dezembro e a produção de máquinas e equipamentos aumentou 91% em igual período.
Com isso, nesses oito meses, a produção de aço bruto subiu 48%, o mesmo acontecendo com as vendas internas de laminados (82%), com o consumo aparente (78%).
O Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) alcançou 85,2 pontos, o maior da série histórica. A utilização da capacidade instalada cresceu para 67,3%.