CSN Mineração sobe 7,4% após ‘Oferta Pública Inicial’ (IPO)
A CSN Mineração (CMIN3), braço minerador da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3), estreou em alta nesta quinta-feira (18) na B3, a bolsa brasileira e chegou a atingir R$ 9,89 na máxima do dia, com avanço de 16,35%.
A empresa precificou suas ações em R$ 8,50, o piso da faixa indicativa e movimentou R$ 5,2 bilhões em seu IPO (Oferta Pública Inicial, da sigla em inglês). As ações fecharam o dia a R$ 9,13, com alta de 7,41% e volume de negociação de R$ 59,865 milhões.
Para o analista da Levante Ideias de Investimentos, Eduardo Guimarães, a volatilidade é normal na estreia de empresas na bolsa de valores. No caso da CSN Mineração, porém, a alta demanda de investidores estrangeiros também pode ter contribuído para a disparada dos papéis.
A mineradora anglo-suíça Glencore, por exemplo, investiu aproximadamente R$ 1,3 bilhão e ficou com 25% do total da oferta de ações.
“Acaba sobrando menos para o investidor pessoa física local, que compra mais no início das negociações e pode puxar o preço para cima”, afirma Guimarães.
Segundo informações da CSN Mineração, 70% dos recursos levantados serão destinados aos acionistas vendedores – JBMF, Posco e a própria CSN, e os 30% restantes vão para a execução de projetos de expansão e de recuperação de rejeitos em barragens.
Essa destinação de grande parte da captação para os acionistas foi um dos principais pontos negativos citados pelo analista da Levante em um relatório divulgado no último dia 7 de fevereiro.
Além disso, Guimarães também indicou a ‘projeção muito otimista de crescimento da companhia’, que prevê que o tamanho da produção triplique em 12 anos, entre os motivos para recomendar que investidores ficassem de fora do IPO, ainda que não considerasse a oferta cara, o EV/Ebtida ficou em 4,2x no meio da faixa indicativa, contra 3,2x para a Vale, a referência do setor.
Após a subida na estreia, no entanto, ele avalia que os múltiplos da CSN Mineração se aproximaram mais da Vale e tornam o papel menos competitivo.
“A relação risco-retorno é melhor nas ações da Vale, que possui um histórico maior, distribui dividendos e está com um endividamento baixo, o que torna suas condições mais favoráveis”, conclui o analista.