Brasil fecha 2020 com criação de mais de 142 mil vagas formais de trabalho
O Ministério da Economia divulgou nesta quinta-feira (28) os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Apesar de ter ocorrido em dezembro o fechamento de 67.906 vagas de trabalho formal no país, o saldo do ano é positivo em 142.690 postos, mesmo durante a pandemia de covid-19.
O último mês do ano apresenta tradicionalmente corte de vagas com carteira assinada, explica o ministério. Em dezembro de 2019, como comparação, foram fechados 307.311 postos.
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, essa é a menor perda para o mês desde 1995. De acordo com o titular da pasta, o governo federal não só ajudou a criar vagas, mas também manteve mais de 11 milhões de empregos no ano passado.
De acordo com a equipe econômica, a retomada em setembro, foi graças às medidas lançadas pelo governo federal para manutenção dos empregos.
O anúncio ocorre no mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga que o desemprego no país se manteve alto e atinge 14 milhões de brasileiros.
A explicação para a diferença, aparentemente contraditória, é a de que o dado do Ministério da Economia se refere apenas às vagas formais, com carteira assinada, enquanto o do IBGE fala de todos os tipos de trabalho.
Em relação apenas às vagas formais, o resultado de dezembro de 2020 veio após 1.239.280 admissões e 1.307.186 desligamentos em todo o país.
Em contrapartida de janeiro a dezembro foram 15.166.221 contratações e 15.023.531 demissões. O estoque de empregos com carteira assinada chegou a 38.952.313 vínculos.
Em novembro, o Brasil havia aberto 414.556 vagas formais de trabalho, o melhor resultado para todos os meses desde o início da série histórica, iniciada em 1992, superando o recordo anterior, de outubro, que foi de 394.989 novas vagas.