Poupança fecha 2020 com melhor desempenho da história, diz BC
A caderneta de poupança registrou entrada líquida de R$ 166,310 bilhões em 2020, melhor resultado desde o início da série histórica, em 1995, divulgou o Banco Central (BC) na última semana. O resultado positivo é fruto de R$ 3,132 trilhões depositados e R$ 2,965 trilhões retirados da aplicação entre janeiro e dezembro do ano passado.
Em 2020, o resultado da poupança só foi negativo em janeiro (R$ -12,356 bilhões) e fevereiro (R$ -3,572 bilhões), meses que antecederam o período de fechamento de setores da economia em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Em dezembro, mês tradicionalmente positivo, houve captação líquida de R$ 20,602 bilhões, também o melhor dado para o mês desde o início da série histórica.
No consolidado do ano, os depósitos superaram os saques em R$ 125,353 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto na poupança rural houve ingresso líquido de R$ 40,957 bilhões.
Até então, o maior resultado da aplicação havia sido registrado em 2013, quando R$ 1,435 trilhão ingressaram na aplicação e R$ 1,364 trilhão deixaram a caderneta, totalizando uma captação líquida superior a R$ 71 bilhões.
O resultado de 2020 foi impulsionado pelo pagamento do auxílio emergencial e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Os recursos foram liberados para estimular a economia durante a pandemia da covid-19. Isso acontece porque a Caixa disponibiliza diretamente uma conta-poupança aberta para os beneficiários.
Atualmente, com a Selic fixada em 2% ao ano, as aplicações na poupança rendem 70% da taxa básica de juros, o que representa uma rentabilidade na casa de 1,4% ao ano.
Apesar da rentabilidade inferior e outras aplicações de renda fixa e com a perda real do poder de compra, a busca dos investidores por mais segurança também tem impactado nos resultados da poupança no período da crise.