Confiança empresarial sobe 3 pontos em setembro e alcança 97,5 pontos
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 3 pontos em setembro ante agosto, para 97,5 pontos, informou nesta quinta-feira, 01 de outubro, a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Após cinco meses consecutivos de altas, o índice já está 1,5 ponto acima do nível de fevereiro deste ano, antes do abalo provocado pela pandemia do novo coronavírus.
Segundo informou o superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Aloisio Campelo Júnior, através de uma nota oficial, a confiança empresarial retorna à situação anterior à pandemia de covid-19.
“Com percepções ainda desfavoráveis sobre a situação presente e otimismo moderado em relação aos próximos meses, há bastante dispersão entre os setores. Em relação a fevereiro passado, a indústria registra maior satisfação com a situação presente e maior otimismo futuro. Comércio e Construção estão em situações intermediárias e o Setor de Serviços segue com nível de atividade presente bem abaixo do normal e perspectivas neutras, para os próximos meses”, avaliou.
O ICE reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objeto é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 4,4 pontos, para 93 pontos, nível também superior ao de fevereiro, quando estava em 92,5 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) avançou 4,9 pontos, para 101 pontos, recuperando 97% das perdas de março e abril.
Os empresários manifestam neutralidade, nem otimismo e nem pessimismo, em relação à evolução dos negócios num horizonte de três a seis meses, exceto pelo setor industrial, que está otimista. Tanto o componente de demanda prevista para os próximos três meses quanto o de tendência dos negócios em seis meses ficarem em torno dos 100 pontos em setembro. O item que mede o emprego previsto para os próximos três meses alcançou 94 pontos.
A confiança da indústria subiu mais fortemente em setembro, o primeiro setor a recuperar as perdas de março e abril. Comércio e Construção caminham no sentido na neutralidade, segundo a FGV. O setor de Serviços tem recuperação lenta, decorrente da percepção desfavorável das empresas com relação à situação atual.
Em setembro, a confiança avançou em 88% dos 49 segmentos integrantes do Índice de Confiança Empresarial. A coleta do ICE reuniu informações de 4.114 empresas dos quatro setores, entre os dias 1º e 25 de setembro.