Petrobras mantém diretrizes do PE 2050 e reforça foco em energia sustentável
No Plano de Negócios 2026-2030, a Petrobras mantém as diretrizes estabelecidas no Plano Estratégico 2050 (PE 2050) e reforça sua visão de se consolidar como a melhor empresa integrada e diversificada de energia na geração de valor. A companhia destaca o compromisso com um futuro mais sustentável, equilibrando a atuação em óleo e gás com a expansão para negócios de baixo carbono, como petroquímicos, fertilizantes e biocombustíveis. O plano também ressalta prioridades como sustentabilidade, segurança, respeito ao meio ambiente e foco nas pessoas.
Considerando o cenário de preços mais baixos do petróleo, o PN 2026-30 reafirma o compromisso da estatal com o crescimento aliado à geração de valor e à saúde financeira. Para isso, a Petrobras prevê maior disciplina na alocação de capital, aumento da eficiência operacional, otimização de despesas e definição de limites para investimentos. O documento também inclui critérios mais rigorosos na governança e na aprovação de novos projetos.
No horizonte do PN 2026-30, a Petrobras prevê investimentos totais (Capex) de US$ 109 bilhões, sendo US$ 91 bilhões em projetos da Carteira em Implantação e US$ 18 bilhões na Carteira em Avaliação, composta por oportunidades com menor grau de maturidade.
“Com o Plano de Negócios 2026-30, reafirmamos a nossa ambição de crescer junto com o Brasil. Nossos investimentos somam um volume significativo para a economia brasileira, US$ 109 bilhões, que representam 5% dos investimentos totais no país. Nossos projetos têm o potencial de gerar e sustentar 311 mil empregos diretos e indiretos e vamos contribuir com R$1,4 trilhão em tributos para municípios, estados e União nos próximos cincos anos. Seguiremos nossa trajetória como empresa integrada e líder na transição energética justa, promovendo o desenvolvimento sustentável do país, contribuindo para a segurança energética nacional, gerando valor e compartilhando os resultados com a sociedade”, afirma a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
Para garantir resiliência financeira e flexibilidade para responder às condições de mercado, o Plano introduz um novo mecanismo para a Carteira em Implantação, com duas classificações:
- “Carteira em Implantação Base”: US$ 81 bilhões, que engloba os projetos cujo orçamento foi aprovado no Plano, mesmo que ainda não sancionados.
- “Carteira em Implantação Alvo”: US$ 91 bilhões, que, além dos projetos da Carteira em Implantação Base (US$ 81 bilhões), engloba projetos (US$ 10 bilhões) cuja confirmação do orçamento está condicionada à análise de financiabilidade. Avaliações trimestrais, à luz das projeções de fluxo de caixa e estrutura de capital, determinarão o avanço desses projetos, bem como eventual priorização.
Além da maior eficiência na alocação do Capex, estão previstas medidas para otimizar custos, com economia estimada de US$ 12 bilhões nos gastos operacionais gerenciáveis entre 2025 e 2030, o que representa uma redução média anual de 8,5% em relação ao Plano anterior. Entre as iniciativas estão a redução de gastos em plataformas sem produção, otimização da logística aérea e marítima, otimização das intervenções em poços e inspeções submarinas, aproveitamento de frete de retorno, postergação de serviços não prioritários de rotina e conservação. As ações de otimização de custos são implementadas em completo alinhamento com a atenção total às pessoas, o respeito ao meio ambiente, a preservação da segurança operacional e a confiabilidade dos ativos.
O foco em óleo e gás continua como principal prioridade da Petrobras, sendo a estratégia de dupla resiliência – baixo custo e baixa emissão – fundamental para conciliar a liderança na transição energética justa com a segurança energética e o desenvolvimento sustentável do país.
O crescimento sustentável da companhia se reflete na sua ambição de manter a relevância na oferta de energia brasileira, preservando a representatividade atual da Petrobras de 31% da oferta primária de energia do Brasil até 2050, com maior participação de fontes renováveis. Além disso, a Petrobras reafirma a ambição de neutralizar suas emissões operacionais até 2050.
Exploração e Produção (E&P)
O PN 2026-30 destina investimentos de US$ 69,2 bilhões em projetos da Carteira em Implantação Alvo do E&P, no quinquênio.
Desta carteira, 62% correspondem ao Pré-Sal, 24% em campos do Pós-Sal, 10% estão alocados em Exploração e cerca de 4% relacionados a Terra, Águas Rasas, ativos no Exterior, tecnologias ou projetos de descarbonização.
A companhia eleva o patamar da curva de produção de óleo e gás no curto e médio prazo em relação ao Plano anterior, por meio de uma melhor gestão dos reservatórios, novos poços complementares e entrada de novos sistemas de produção, além de uma disponibilidade crescente de gás natural frente à oferta atual.
Os projetos continuam se destacando pela dupla resiliência (econômica e ambiental) e pelo alto valor econômico, compondo um portfólio viável a cenários de baixos preços de petróleo no longo prazo, com Brent de equilíbrio prospectivo da carteira, em média, de US$ 25 por barril e intensidade de carbono de até 15 kgCO2e por barril de óleo equivalente no quinquênio.
