Economia

Petrobras deve registrar lucro de R$ 34,1 bilhões no terceiro trimestre de 2025, aponta Ineep

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O setor de petróleo brasileiro deve alcançar mais um marco importante em 2025. Segundo projeções do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), a Petrobras tende a encerrar o terceiro trimestre do ano com lucro líquido estimado em R$ 34,1 bilhões, consolidando o terceiro período consecutivo de resultados positivos.

De acordo com o levantamento, a estatal deve registrar receita líquida de R$ 124,8 bilhões e um EBITDA ajustado de R$ 65,6 bilhões, refletindo a continuidade do bom desempenho operacional da companhia.

O estudo também indica que a Petrobras planeja distribuir até R$ 13,1 bilhões em dividendos aos acionistas, reforçando o cenário de recuperação financeira após o prejuízo registrado no quarto trimestre de 2024.

O relatório do Ineep destaca que a Petrobras encerrou 2024 com prejuízo de R$ 17 bilhões, mas conseguiu reverter o cenário em 2025. Nos primeiros dois trimestres do ano, os lucros foram de R$ 35,3 bilhões no 1T25 e R$ 17,7 bilhões no 2T25, o que demonstra uma trajetória consistente de crescimento.

Esse desempenho, segundo o instituto, reflete não apenas a estabilidade nos preços internacionais do petróleo, mas também o avanço da produção nacional, especialmente nas áreas do pré-sal, onde a eficiência operacional tem sido elevada.

O crescimento de 16,9% na produção total de óleo e gás natural em relação ao mesmo período de 2024 foi um dos principais fatores para o bom desempenho financeiro. No terceiro trimestre de 2025, 11 novos poços produtores entraram em operação no polígono do pré-sal, elevando para 25 o número total de novos poços ativados no ano.

De acordo com o Ineep, essa expansão teve papel decisivo na elevação dos volumes produzidos e vendidos, garantindo uma maior capacidade de abastecimento do mercado interno e externo.

Aumento nas vendas internas e estabilidade dos preços reforçam balanço

Além da expansão na produção, o Ineep aponta um incremento de 1,9% nas vendas de derivados no mercado doméstico. O crescimento foi impulsionado principalmente pelos derivados médios, como diesel, QAV (querosene de aviação) e gasolina, produtos que registraram forte demanda no período.

Mesmo com a queda de 7,7% nos preços médios dos derivados — que passaram de R$ 489,40 por barril no 3T24 para R$ 451,80 no 3T25 —, a Petrobras conseguiu manter margens positivas graças ao aumento de volume e à eficiência operacional.

O Ineep avalia que os resultados previstos para o terceiro trimestre consolidam uma fase de estabilidade e retomada para a Petrobras. Com os novos projetos de exploração no pré-sal e a manutenção de altos índices de produção, a estatal reafirma seu papel central na indústria brasileira de petróleo.

A divulgação oficial dos resultados operacionais e financeiros do 3T25 está marcada para a próxima sexta-feira, 7 de novembro, e deve confirmar o desempenho expressivo previsto pelo instituto.


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