Petrobras investe em novas unidades de refino e fortalece transição energética
A Petrobras concluiu, na última sexta-feira (3), a assinatura de cinco contratos de serviços para a construção de novas unidades que integram o Projeto Refino Boaventura, iniciativa que marca um passo importante na modernização do parque de refino da companhia. Os contratos somam R$ 9,6 bilhões e incluem a implantação de duas unidades inéditas em refinarias da estatal: a unidade de Desparafinação por Isomerização por Hidrogênio (HIDW), voltada à produção de lubrificantes de Grupo II, e a unidade de Hidrocraqueamento Catalítico (HCC), destinada à produção de diesel S-10 e querosene de aviação (QAV).
O projeto prevê a integração operacional entre a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e o Complexo de Energias Boaventura, localizado em Itaboraí, no Rio de Janeiro. Com isso, a Petrobras busca ampliar a produção de derivados com maior valor agregado e menor teor de enxofre, como o diesel S-10 e os lubrificantes de Grupo II, contribuindo para a oferta de produtos mais sustentáveis e alinhados à sua estratégia de transição energética.
A expectativa é que o Projeto Refino Boaventura aumente de forma significativa a capacidade de refino da empresa no estado do Rio de Janeiro, com um acréscimo diário de 76 mil barris de diesel S-10, 20 mil barris de QAV e 12 mil barris de lubrificantes do Grupo II, que apresentam melhor desempenho e durabilidade em aplicações automotivas e industriais. Além do avanço tecnológico e ambiental, o projeto também deve gerar cerca de 15 mil empregos diretos no pico das obras.
Novas embarcações reforçam operações submarinas e indústria naval
A Petrobras também formalizou o afretamento de quatro embarcações do tipo RSV (ROV Support Vessel), destinadas ao apoio de operações submarinas, em contratos que somam R$ 10,2 bilhões.
A contratação das embarcações foi realizada por processo licitatório iniciado em outubro de 2024. As unidades serão construídas no estaleiro Navship, em Navegantes (SC), com previsão de entrega entre 2029 e 2030.
O projeto requer no mínimo 40% de conteúdo local na fase de construção e 60% na operação, porém a BRAM, empresa contratada para o afretamento, planeja contribuir com o projeto com conteúdo local estimado de até 80% na construção e até 90% na operação.
Estes contratos fortalecem a cadeia de fornecedores nacionais, ampliando a participação da indústria brasileira na execução e manutenção das embarcações. Ao todo, deverão ser gerados mais de 1.500 empregos diretos e 5.400 mil indiretos entre as fases de obras e operação.
Embarcações
As embarcações do tipo RSVs atuarão na inspeção, manutenção e instalação de sistemas submarinos com uso de veículos operados remotamente (ROVs), reforçando a eficiência e a segurança operacional da companhia.
As novas embarcações também trarão soluções inovadoras nos sistemas de propulsão, com tecnologia de geração híbrida, além da possibilidade de operar com consumo de etanol. As tecnologias contribuem para reduzir as emissões de poluentes e o consumo de combustível, com ganhos de eficiência superiores a 30%.
