Economia

PRIO recebe licença do Ibama e prevê início da produção no campo de Wahoo para 2026

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A PRIO recebeu, nesta segunda-feira (15), a licença de instalação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para dar início à interligação de até 11 poços no campo de Wahoo, localizado na Bacia de Campos.

Segundo comunicado divulgado por meio de fato relevante, a companhia estima começar a produção de petróleo no local entre março e abril de 2026. A expectativa é de atingir uma produção de até 40 mil barris por dia.

De acordo com informações da agência Reuters, o projeto é considerado um dos maiores avanços recentes da empresa, que pretende aumentar sua produção total de óleo em mais de 44%. Com isso, a PRIO reforça sua posição como a maior petroleira independente do Brasil.

Para viabilizar o desenvolvimento do campo de Wahoo, a empresa prevê um investimento da ordem de US$ 870 milhões.

O documento do Ibama detalha que a licença abrange a interligação submarina (tieback) de até 11 poços — quatro produtores, dois injetores e cinco contingentes — ao navio-plataforma do tipo FPSO Frade, já operado pela PRIO. Os dois campos ficam a 30 km de distância um do outro, ambos na Bacia de Campos. Segundo o órgão ambiental, o campo de Wahoo está situado no contexto geológico do pré-sal, em lâmina d’água que varia de 900 a 1.600 metros. O escoamento da produção e a injeção de fluidos serão feitos por meio de dutos submarinos, umbilicais de controle e potência, além de equipamentos associados, sem a necessidade de construir uma nova unidade estacionária.

A estimativa é que o campo de Wahoo adicione 40 mil barris por dia à produção da PRIO, número que representa um incremento de 44% em relação aos volumes atuais. No segundo trimestre de 2025, a empresa produziu aproximadamente 100 mil barris por dia. Com a entrada de Wahoo em operação e a aquisição do campo de Peregrino, a PRIO projeta ultrapassar a marca de 200 mil barris por dia em 2026, consolidando sua posição de liderança entre as independentes e ganhando ainda mais relevância no mercado internacional.

 

O projeto em Wahoo é considerado estratégico por três motivos principais: Aproveitamento da infraestrutura existente do FPSO Frade, reduzindo custos de implantação. Aumento expressivo na escala de produção, ampliando a competitividade da empresa no setor de petróleo e gás. Fortalecimento da presença da PRIO na Bacia de Campos, região que concentra parte significativa da produção nacional. Segundo relatório do banco Itaú BBA, a licença do Ibama era aguardada com expectativa pelo mercado e sua emissão reforça a confiança no plano de expansão da empresa.

 

A PRIO já iniciou os preparativos para as obras submarinas.

A embarcação responsável pelo lançamento da linha rígida foi contratada e deve chegar ao Brasil em outubro. O cronograma prevê a conclusão das interligações em 2026, quando o primeiro óleo deve ser produzido. O custo total do desenvolvimento do projeto está estimado em US$ 870 milhões. Para analistas, o aporte reforça a solidez financeira da empresa, que tem expandido de forma agressiva em ativos de alta rentabilidade. A licença concedida pelo Ibama marca um passo decisivo para a expansão da PRIO, que se prepara para quase dobrar sua produção até 2026 com o início das operações em Wahoo. A medida consolida a petroleira como protagonista do setor de óleo e gás no Brasil.


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