Petróleo

Equinor avança com Projeto Raia e anuncia gasoduto offshore com destino a Macaé

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A Equinor deu um passo importante esta semana rumo à modernização da cadeia de gás natural no Brasil. O Ibama concedeu a licença prévia para o início das atividades de produção de óleo e gás do Projeto Raia, situado na Bacia de Campos.

Paralelamente, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) autorizou a construção de um gasoduto de 204 quilômetros, que conectará diretamente a unidade flutuante de produção (FPSO) ao município de Macaé (RJ).

A principal inovação do projeto está no modelo de operação: todo o processamento do gás natural será realizado no mar, sem a necessidade de plantas de tratamento em terra. Trata-se de um marco inédito no setor offshore brasileiro, com potencial para redefinir padrões operacionais na indústria.

Com essas conquistas, o Projeto Raia se consolida como um avanço estratégico não apenas para a Equinor, mas para toda a cadeia energética nacional, reforçando o protagonismo do Brasil no desenvolvimento de soluções inovadoras em exploração e produção de gás natural.

O gasoduto, com 200 km de extensão marítima e outros 4 km em terra, partirá dos campos de Raia Manta e Raia Pintada e se conectará à malha da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), em Macaé.

Graças à alta qualidade dos hidrocarbonetos da região, será possível entregar o gás diretamente ao sistema de transporte, já pronto para distribuição.

Além disso, toda a estrutura será integrada a uma única unidade de produção, o FPSO, que funcionará como centro de processamento no mar.

Outro avanço importante foi a aprovação, pela ANP, da unificação dos campos de Raia Manta e Raia Pintada. Ambos estão localizados no mesmo bloco e agora passam a formar o campo Raia Mantada.

De acordo com a agência, essa medida evita perdas financeiras em participações governamentais e otimiza a produção. A Equinor terá até 60 dias para apresentar um plano de desenvolvimento para a nova área unificada.

Com a conexão direta ao FPSO, Macaé reforça seu papel como hub logístico e energético do Brasil. A cidade será a porta de entrada do gás natural processado no mar, por meio da Estação de Recebimento de Gás (ERG).

Essa estrutura garantirá a chegada segura do combustível à malha nacional, tornando a região ainda mais relevante para a segurança energética do país.

Operado pela Equinor (35%), em parceria com Repsol Sinopec (35%) e Petrobrás (30%), o Projeto Raia reúne três descobertas promissoras no pré-sal: Pão de Açúcar, Gávea e Seat.

As reservas recuperáveis somam mais de 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe). A capacidade prevista de exportação pelo novo gasoduto é de 16 milhões de metros cúbicos por dia, o que pode representar até 15% da demanda total de gás natural no Brasil, com início das operações previsto para 2028.


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